Crítica - Tower Heist (2011)

Realizado por Brett Ratner
Com Eddie Murphy, Ben Stiller, Casey Affleck

Os recentes comentários homofóbicos de Brett Ratner iniciaram uma enorme onda de controvérsia que acabou por ditar o seu afastamento da Produção e Realização da Cerimónia dos Óscares 2012, no entanto, esta contenda também foi habilmente utilizada por Ratner para promover o seu mais recente trabalho: “Tower Heist”, uma comédia razoável que não tem muitos momentos cómicos, mas que nos oferece uma narrativa bem construída e relativamente cativante. A sua história centra-se em Josh Kovacs (Ben Stiller), um homem honesto que trabalha como administrador central num dos mais luxuosos blocos residenciais de Nova Iorque. Um dos habitantes desta torre de luxo é Arthur Shaw (Alan Alda), um titã financeiro que ficou sob prisão domiciliária após ter roubado vários milhões de dólares aos seus investidores e aos trabalhadores do edifício, cujas pensões estariam a ser investidas e administradas por ele. A dias de Arthur ser libertado, Josh decide aliar-se a um ladrão (Eddie Murphy,) e a outros funcionários para assaltar a casa de Arthur e roubar-lhe a fortuna que ainda mantém.


O elenco de luxo de “Tower Heist” é indiscutivelmente o seu maior chamariz. Casey Affleck, Alan Alda, Matthew Broderick, Téa Leoni e Gabourey Sidibe abrilhantam o seu elenco secundário, mas os seus maiores astros são Ben Stiller e Eddie Murphy. Stiller está ao mesmo nível de “Along Came Polly” (2004) ou de “Night at the Museum” (2006), ou seja, tem um trabalho estável que não nos deslumbra, mas que também não nos desilude. Já Eddie Murphy está fantástico como um hilariante ladrão de bairro, uma personagem que realça as suas melhores características e que marca o seu regresso à alta-roda comercial. A história de “Tower Heist” entretém, mas tem várias falhas de coerência e de credibilidade, bem como uma vertente humorística muito escassa. O assalto à torre de luxo é um dos melhores elementos do filme e até nos faz lembrar a “Oceans Saga”, no entanto, este “Tower Heist” não tem a classe dessas três obras de Steven Soderbergh, nem Stiller tem o carisma ou o talento de George Clooney e Brad Pitt. A luta de classes entre Arthur Shaw (Classe Alta/ Habitantes da Torre) e Josh Kovacs (Classe Baixa/ Funcionários da Torre) também tem o seu mérito, muito embora não tenha nenhum valor filosófico ou moral. É óbvio que “Tower Heist” não é um clássico instantâneo, nem é uma das melhores comédias norte-americanas do ano mas é, mesmo assim, um filme a ter em conta.

Classificação – 3 Estrelas Em 5

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