Crítica - Ghost Rider: Spirit of Vengeance (2012)

Realizado por Brian Taylor e Mark Neveldine
Com Nicolas Cage, Ciarán Hinds, Idris Elba

O Ghost Rider é indiscutivelmente um dos heróis mais sombrios da Marvel Comics mas é também um dos mais desconhecidos a nível mundial, no entanto, o seu filme live action de 2007 obteve um razoável sucesso financeiro nas bilheteiras internacionais, muito embora tenha sido considerado um dos piores filmes do ano pela crítica norte-americana. A Marvel Studios ficou muito agradada com este inesperado sucesso comercial e decidiu contratar os realizadores de “Crank” (2006) e “Crank: High Voltage” (2009), Brian Taylor e Mark Neveldine, para criarem uma continuação mais gráfica e alternativa que o filme original, com o intuito de aproximar a saga cinematográfica da violenta essência que caracteriza a banda desenhada. O resultado final do trabalho de Taylor e Neveldine é este “Ghost Rider: Spirit of Vengeance”, um confuso e medíocre filme de acção/ aventura com um terrível CGI e uma fútil narrativa que, mesmo assim, é mais satisfatório e divertido que “Ghost Rider” (2007). Em "Ghost Rider: Spirit of Vengeance”, Nicolas Cage volta a dar vida a Johnny Blaze, um homem em constante luta com a pesada maldição que carrega consigo que, após os eventos do primeiro filme, escondeu-se numa zona remota da Europa Oriental, onde é recrutado por uma seita secreta da Igreja para salvar um rapaz do demónio. No início, Johnny está relutante em abraçar o poder do Ghost Rider, mas esta é a única forma de proteger o rapaz e, possivelmente, de se livrar para sempre da maldição.


A sua história não tem muito sentido ou valor mas também não tem que ter, porque não passa de um mero elemento secundário que serve apenas para fundamentar as inúmeras cenas de acção de fraca qualidade que preenchem a maior parte do filme. Estas sofríveis sequências incluem tiroteios mal coordenados e desvairados duelos de estrada que são ilustrados por tenebrosos efeitos especiais/ digitais que parecem saídos de um filme amador e não de uma obra com um orçamento de aproximadamente cinquenta milhões de dólares. O mesmo se pode dizer dos seus efeitos sonoros. Às suas inúmeras fragilidades técnicas e narrativas temos que somar o medíocre trabalho colectivo do seu elenco, onde só Idris Elba tem uma performance minimamente aceitável. Os restantes actores ficam muito abaixo da mediocridade, nomeadamente a sua maior estrela, Nicolas Cage, um actor que ao contrário do Vinho do Porto não fica melhor com o passar dos anos, muito pelo contrários, os seus últimos filmes fracassaram todos nas bilheteiras e valeram-lhe uma desonrosa nomeação ao Razzie de Pior Actor. O seu desempenho nesta obra também é francamente mau e desenxabido, ou seja, está ao nível daqueles que teve em "Trespass" ou "Season of the Witch", dois filmes que à semelhança deste "Ghost Rider: Spirit of Vengeance" não deverão ficar na memória do público durante muito tempo. É verdade que esta obra poderá satisfazer as necessidades mais básicas dos fanáticos por filmes de acção, mas muito dificilmente agradará à maioria dos espectadores.

Classificação – 1 Estrela Em 5

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