Crítica - Percy Jackson: Sea of Monsters (2013)

Realizado por Thor Freudenthal
Com Logan Lerman, Alexandra Daddario, Brandon T. Jackson 

A saga juvenil “Percy Jackson” até pode ser um simpático guilty pleasure para os apreciadores de mitologia grega, ou um agradável produto de entretenimento para os mais jovens, mas tanto “Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief” (2010) como “Percy Jackson: Sea of Monsters” são produções sem grande valia que, para os espetadores mais exigentes, acabam por não passar de filmes banais sem qualquer tipo de apelo. Tal como o seu mediano antecessor, “Percy Jackson: Sea of Monsters” não tem nada que o destaque dentro do género, mas pelos mantém intactas as bases de entretenimento do primeiro filme que, tal como esta sua continuação, pode não ser grande coisa nem ter nada de especial, mas pelo menos está longe de ser um produto sem qualquer vestígio de entretenimento. Em “Percy Jackson: Sea of Monsters”, Percy (Logan Lerman), Annabeth (Alexandra Daddario) e Grover (Brandon T. Jackson) têm de encontrar o Velo de Ouro, um artefacto divino que permitirá resolver os problemas que afetam o Campo Half-Blood, o santuário dos jovens semi-deuses. Este trio parte, juntamente com o meio-irmão de Percy, Tyson (Douglas Smith), numa traiçoeira odisseia pelas desconhecidas águas do Mar dos Monstros, conhecido pelos humanos como o Triângulo das Bermudas, onde irão enfrentar criaturas aterradoras, um exército de zombies e um derradeiro rival.

   

Os filmes “Percy Jackson” não me dizem muito, talvez porque nunca tenha lido os livros de Rick Riordan, que estão na base destas versões cinematográficas, mas ainda assim não fiquei totalmente indiferente a “Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief” ou a este “Percy Jackson: Sea of Monsters”, que mantém o mesmo espírito de aventura do primeiro filme, apesar de também apresentar um argumento deficitário em vários aspetos, que vão desde a parca evolução mental das personagens centrais face ao primeiro filme, até ao precário desenrolar da grande aventura do grupo de protagonistas que, tal como acontece em “Percy Jackson & the Olympians: The Lightning Thief”, padece de alguma coerência e eficácia, já que uma boa parte do tempo de duração desta produção é desperdiçado em sequências e etapas completamente desnecessárias para os grandes objetivos do filme que, ainda assim, parece ter força suficiente para entreter todos aqueles que não esperem encontrar mais que um filme de aventura sem grande charme, mas com uma componente visual competente e um grupo de sequências de ação que são fieis ao espírito de aventura mitológica da saga. Não posso, no entanto, deixar de criticar a óbvia falta de profundidade do seu enredo que, para além de apresentar algumas apostas furadas, também perde-se muitas vezes em redundâncias, repetições e derivações desnecessárias que dão força às vozes críticas que, com alguma razão, apontam “Percy Jackson: Sea of Monsters” como um filme banal e leviano que, ainda assim, parece ter capacidade suficiente para entreter todas as faixas etárias que estejam abaixo dos adolescentes porque, afinal de contas, são esses espetadores que são o público-alvo deste pequeno blockbuster, que de certa forma se assemelha a uma versão mais soft e infantil de “Clash of The Titans” ou “Warth of The Titans”.

Classificação – 2,5 Estrelas em 5

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