Pérolas Indie - The Call (2013)

Realizado por Brad Anderson 
Com Abigail Breslin, Halle Berry, Morris Chestnut 
Género - Thriller 

Sinopse - Jordan (Halle Berry) é uma operadora de chamadas de emergência e recebe um telefonema que lhe muda a vida. À medida que o tempo passa, Jordan apercebe-se que terá de enfrentar o seu passado, para pôr fim à violência obsessiva de um assassino em série.

Crítica – É complicado avaliar este novo projeto de Brad Anderson, o jovem mas já muito elogiado realizador de filmes de grande qualidade, como “Transsiberian” (2008) ou “The Machinist” (2004), porque embora “The Call” seja um thriller que é bastante competente durante grande parte do tempo, acaba por sofrer, perto do final, uma inexplicável quebra de qualidade que o empurra para uma posição extremamente precária que em nada notabiliza ou rentabiliza esta produção, que tinha potencial para ficar este ano entre os melhores produtos do género se os seus péssimos vinte minutos finais tivessem uma evolução completamente diferente. É por causa deste incompreensível percalço que sou forçado a reprovar o trabalho de todas as mentes criativas deste projeto, já que todos eles optaram, em boa consciência, por manter um final obtuso e irrealista que prejudica a boa imagem que nos é deixada pelos seus primeiros sessenta minutos, que promovem um amplo clima de suspense em redor de uma intriga realista e coerente, cujo carácter e validade são completamente arrasados por um desfecho desajustado e sem qualquer virtude, que destrói em poucos minutos a personalidade moralista da personagem de Halle Berry e a personalidade inofensiva da personagem de Abigail Breslin. Tanto Breslin como Berry têm duas performances razoáveis, que têm o seu ponto alto durante a parte intermédia do filme, que se destaca claramente como a parte mais intensa e ritmada, porque é durante esta altura que os destinos das suas respetivas personagens ficam interligados por uma chamada de emergência que terá os seu pontos altos e baixos, mas sempre com uma boa dose de emoção e dúvida à mistura, que nos fazem questionar se é desta ou não que o sequestro termina de uma forma trágica ou pacífica. É este aspeto intrigante e empolgante que torna “The Call” num produto tão interessante até à sua parte final, porque a partir do momento em que a chamada de emergência é interrompida, o filme perde o seu brilho e descarrila para um grau de elevada idiotice e descrédito. 

Classificação -2,5 Estrelas em 5

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