Crítica - Walk of Shame (2014)

 
Realizado por Steven Brill 
Com Elizabeth Banks, Tig Notaro, James Marsden 

Na onda das recentes comédias de ressacas, como “The Hangover” (2009), “Last Vegas” (2013) ou “21 and Over” (2013), “Walk of Shame” é um filme que apela a uma espécie de humor mais louco e imaturo para tentar retirar o maior tipo de diversão possível de extravagantes situações de um quotidiano estranho e excessivo, mas engane-se quem pensa que “Walk of Shame” aproxima-se sequer do nível de “The Hangover” ou até de “Bridesmaids ” (2011), porque infelizmente estamos perante mais uma comédia que, como tantas outras dentro do mesmo estilo, não passa de um projeto banal sem um conteúdo fresco ou humoristicamente relevante. 
O seu guião parece apostar num cruzamento hibrido entre as bases de “The Hangover” e “Bridesmaids”, mas verdade seja dita que ambos os filmes não se podem espelhar nesta comédia mediana, que nos traz uma inapta Elizabeth Banks no papel de Meghan Miles, uma ambiciosa pivot de noticias de uma estação de televisão local que, após não ter conseguido a promoção dos seus sonhos, decide sair à noite com as suas amigas para esquecer todos os seus problemas. O verdadeiro problema é que, no dia seguinte, quando acorda na cama de um completo estranho, recebe uma mensagem do seu agente a dizer que afinal poderá conseguir a promoção se conseguir impressionar os executivos de um importante canal noticioso, algo que agora, após uma noite de grande festa, parece improvável, mas para culminar o seu azar, Megahn terá ainda que enfrentar uma série de inesperados desafios que a levam a embarca numa pequena aventura citadina para atingir o ponto mais alto da sua carreira. 
É um pouco complicado prestar atenção a esta pequena aventura, porque com o passar do tempo, “Walk of Shame” vai-se tornando cada vez mais entediante e cansativo. É assim difícil conseguir retirar bons momentos de diversão de uma trama que, infelizmente, está muito presa a um ritmo lento sem as esperadas doses de loucura e adrenalina que normalmente fazem parte de uma comédia deste género. É certo que existem algumas sequências engraçadas, como por exemplo a interação da protagonista com a motorista de um autocarro público, mas tudo o resto aparece desprovido de piada e de qualquer réstia de estrutura, seja ela cómica, energética ou moral. São por isso poucas as probabilidades de “Walk of Shame” entreter alguém, sendo por isso que não o vejo com grandes potencialidades comerciais para conquistar o público português, até porque esta fraquíssima comédia nem sequer conseguiu ser reconhecida como um filme popular nos Estados Unidos. 

  Classificação – 1,5 Estrelas em 5

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2 Comentários

  1. Olá.

    Concordo em absoluto.

    Lúcia

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  2. Não concordo com você, assiti o filme e vi o que você não viu, varios mundos, um encontro com consigo mesma, com alguem consegui se ferrar em tão pouco tempo como aquela mulher, foi demais, analise de quem assiti muitos e muitos filmes, grava, tem books sode filmes, quando veem a minha casa tem um mar de filmes para escolher, e te garanto esse é bom pra rir, e o final foi o esperado. Bye

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