Os 15 Momentos Mais Chocantes dos Sessenta Episódios de Game of Thrones (Spoiler Alert)

Os 15 Momentos Mais Chocantes dos Sessenta  Episódios de Game of Thrones (Spoiler Alert)


Ao longo de sessenta episódios, "Game of Thrones" teve de tudo, como criaturas mitológicas, sequências de sexo chocantes, guerras colossais, romances pouco apropriados e, claro está, muitas mortes inesperadas e de praticamente todas as formas e feitios.  Pese embora tenha tido uma temporada final terrível que foi tão má que provocou cancelamentos de projetos relativos à saga e um genérico desinteresse em relação ao futuro da saga, "Game of Thrones" teve grandes momentos que ficarão para a história da televisão e que hoje recordamos. Artigo Originalmente Publicado em 2015 - Revisto Com o Final da Série.


Stick Them With the Pointy End - Arya Starck Mata o Night King


A oitava temporada de "Game of Thrones" pode ter sido uma desilusão, mas teve momentos de elevada tensão. Um dos grandes momentos desta temporada e da própria série foi a morte do vilão Rei da Noite/ Night King que, quando estava à beira da grande vitória final, acabou morto pela corajosa Arya Stark que, assim, fez justiça às profecias. Todos esperavam que fosse Jon Snow ou Daenerys Targaryen a matar o Rei da Noite, mas acabou por ser a jovem guerreira a dar o golpe final e de uma forma bastante teatral. Sem dúvida o melhor momento da oitava temporada e um dos melhores da série!


I Know a Killer When I See One - O Final de Daenerys Targaryen


O episódio final de "Game of Thrones" não trouxe grandes surpresas, já que se sabia que Cercei iria ser derrotada e Daenerys Targaryen iria sair triunfante ao lado de Jon Snow. O que não se esperava era que Jon Snow matasse a sua Tia para proteger o Reino da famosa Loucura dos Targaryen. Embora anticlimática, esta ação foi chocante e deu um novo twist macabro à série. Pena é que este final tenha sido desenhado tão à pressa...


I'm Grateful for your Loyalty, but my Dragon Died so That we Could be Here - A Morte de Viserion 


Os dragões de Daenerys Targaryen sempre foram um dos grandes destaques na série e, embora tenham ficado longe do olhar do público durante algumas temporadas, acabaram por ter grande relevo nas duas temporadas finais. E foram os dragões a protagonizarem um dos momentos mais tristes de "Game of Thrones". Tal aconteceu no final da sétima temporada quando o Night King abateu Viserion e transformo-o num Dragão de Gelo. É certo que esta transformação permitiu uma grande sequência final com o Night King a destruir a Grande Barreira e, na temporada 8, permitiu a existência da única batalha aérea da série entre Drogon e Viserion, mas ao ser o primeiro dragão a ser morto (a morte de Rhaegal já era esperada e não foi tão impactante) causou grande surpresa e comoção entre os apreciadores destas criaturas mitológicas.


You Know Nothing, Jon Snow - Jon Snow é um Targaryen


A quote é uma das mais memoráveis da série e foi proferida por Ygritte, o primeiro caso romântico de Snow e que este acabou por matar (sendo este também um dos grandes momentos da série). Mas Ygritte estaria longe de avinhar que Jon Snow realmente não sabia mesmo nada, nomeadamente que é um Targaryen. Desde a primeira temporada que a teoria que defendia que Jon Snow era um Targaryen existia e tal teoria foi comprovada no final da sétima temporada.  Jon Snow é o fruto da relação proibida entre  Lyanna Stark e Rhaegar Targaryen, sendo assim o verdadeiro herdeiro do trono de Westeros.


You Raped Her, You Murdered Her, You Killed Her Children - A Morte de Oberyn Martell 


Para mim não há dúvidas. A melhor sequência de sempre da série "Game of Thrones" é também a sua sequência mais chocante. A trágica e grotesca morte de Oberyn Martell (Pedro Pascal) num violento combate com A Montanha (Hafþór Júlíus Björnsson) no oitavo episódio da quarta temporada foi perfeita em todos os aspetos, desde a parte emocional à parte técnica. O contexto do combate foi preparado e apresentado com uma perfeição extrema, mas o combate em si foi coordenado e trabalhado de uma forma tão tensa e com um nível tecnicamente elevado que, a sua chocante e violenta conclusão, conseguiu apenas ser a cereja no topo de um bolo perfeito. Tudo o que envolveu a luta entre Oberyn e A Montanha é perfeito e aquela conclusão tão gráfica e tão poderosa que ainda hoje me arrepia é um marco não só da série mas de toda a televisão. E a prova que esta sequência está tão bem construída reside no simples facto que nos livros tal batalha não tem sequer metade do suspense e impacto que a mesma tem na série, perdendo de caras para outros momentos mais poderosos como o Casamento Vermelho. Mas na série realmente o duelo Oberyn Vs A Montanha supera em tensão e drama qualquer casamento, violação ou morte. Como é que os criadores da série conseguiram criar este grande confronto e, depois, na oitava temporada arruinaram por completo o aguardado confronto entre  os Irmãos Clegane?


Mercy! - O Casamento Vermelho


Nas palavras de George R.R. Martin, o autor da saga literária, o Casamento Vermelho foi a parte dos livros que mais lhe custou a escrever e compreende-se facilmente porque. Sem que nada o fizesse prever, Robb Stark (Richard Madden) e Catelyn Stark (Michelle Fairley) foram assassinados a sangue frio pelas famílias Bolton e Frey no nono episódio da terceira temporada durante o casamento do seu jovem aliado Edmure Tully. A sequência propriamente dita do Casamento Vermelho está muito bem conseguida e apesar das mortes de Robb e da sua mulher Talisa (Oona Chaplin) serem importante, surpreendentes e grotescas acabam por não ser o ponto alto desta carnificina, já que este mérito pertence todo a Catelyn Stark. Perante a morte do seu filho e da sua própria morte iminente, Catelyn grita, sofre, pede clemência e até se vinga de certa forma. Os "últimos" minutos de vida de Catelyn são muito fortes e dão ao Casamento Vermelho uma elevada dose de comoção e drama, sendo esses minutos que verdadeiramente chocam e abalam o espectador. E importa ainda dizer que a música The Rains of Castamere que começa a ser tocada por uma banda antes da carnificina dá um toque ainda mais negro, irónico e imponente a toda a sequência, funcionando também, quem sabe, como uma possível partida matrimonial para a nossa realidade. 


Father, Where Are You? - A Morte de Shireen Baratheon


Os nonos episódios das temporadas de "Game of Thrones" são sempre férteis em surpresas chocantes, mas na quinta temporada superou todas as barreiras da polémica quando retratou a morte violenta e sádica de Shireen Baratheon (Kerry Ingram), a filha de Stannis Baratheon, que foi queimada viva pelo seu próprio pai como tributo ao Deus da Luz. Stannis fê-lo na esperança que este o ajudasse a triunfar sobre a Família Bolton e, assim, ficar mais perto do cobiçado Trono de Ferro. Nos livros, Shirreen ainda não morreu, mas pelos vistos George R.R. Martin avisou os criadores da série que tal iria acontecer no próximo livro, por isso, para surpreender e também aproveitar para spoilar os livros, a série acabou por se antecipar e matar a jovem Baratheon da pior forma possível. É verdade que tal desfecho já se adivinhava desde a temporada passada e o que acaba por chocar não é tanto a forma grotesca como Shireen é queimada viva em enorme agonia, apesar de tal facto ser bastante cruel, mas o que realmente choca é a passividade dos pais que, perante o fanatismo religioso e o desejo incontrolável de conseguirem os seus objetivos, permitiram tal atrocidade. 


Silence -  A Morte de Ned Stark


Os que não leram os livros antes do início da série pensaram, quase de forma instintiva, que Ned Stark (Sean Bean), o Líder do Norte, seria uma das personagens principais da saga. Tudo parecia indicar essa aposta, desde a importância da personagem na história até ao próprio calibre do ator que a interpretava, mas no nono episódio da primeira temporada, para surpresa de quem não conhecia os livros, Ned Stark ficou sem cabeça a mando do Rei Joffrey. É certo que em "Game of Thrones" havia sempre a possibilidade dos mortos não ficarem mortos para sempre, mas neste caso não haveria dúvidas que Ned Stark nunca iria regressar e protagonizou assim um dos primeiros momentos de grande surpresa da série.


Hurry Up, This Pie is Dry! - O Casamento Roxo


No segundo episódio da quarta temporada o Rei Joffrey (Jack Gleeson), uma das personagens mais odiadas da série por todas as atrocidades que cometeu, foi envenenado durante o seu próprio casamento. Este evento, embora não seja tão dramático ou chocante como o Casamento Vermelho, está também repleto de emoções puras e, acima de tudo, de intrigas políticas, familiares e passionais. A maior parte dos espectadores sentiu que justiça foi feita com a morte de Joffrey, mas não restam dúvidas que o seu desaparecimento, embora algo previsível, proporcionou um dos momentos mais negros da série. Por um lado existe toda a agonia que marcou os últimos segundos de vida de Joffrey e que é retratado na perfeição no ecrã por Cersei Lannister (Lena Headey), cujos lamentos surgem como um profundo retrato emocional de perda por parte de uma personagem bastante forte. O resto apenas acrescenta dimensão a todo o cenário, já que com a excepção de Cercei ninguém parece ficar devastado com a morte do Rei, sendo também certo que este importante evento serve como catalizador para um jogo de culpas familiar que dá origem a um dos segmentos mais fortes da quarta temporada: o julgamento de Tyrion Lannister (Peter Dinklage).


I Am Your Son. I Have Always Been Your Son - Tyrion Mata Shae e Tywin


No décimo episódio da quarta temporada e após um julgamento intenso que culminou num julgamento por combate, Tyrion Lannister (Peter Dinklage) foge da prisão com a ajuda do seu irmão Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau), mas em vez de partir decide vingar-se primeiro da sua prostituta Shae (Sibel Kekilli) e do seu pai Tywin (Charles Dance). Esta sequência de vingança de Tyrion aposta na violência física e emocional para criar um clima de drama e tensão que enche as medidas ao espectador. Está muito bem construída e tem tudo o que se pode pedir a uma grande cena de vingança.


You're a Hateful Woman. Why Have the Gods Made me Love a Hateful Woman? - O Apogeu do Incesto Entre os Irmãos Lannister


A relação incestuosa entre os irmãos gémeos Jaime Lannister (Nikolaj Coster-Waldau) e Cersei Lannister (Lena Headey) já é conhecida desde a primeira temporada, mas passou todas as marcas da polémica quando, no terceiro episódio da quarta temporada, Jaime praticamente viola Cercei junto ao corpo sem vida do Rei Joffrey, o filho de ambos. Este momento não é gráfico mas é verdadeiramente chocante, não só pelo aspeto inerente da violação e do incesto, mas também pelo local e pelo momento em que ocorre. É por isso que tal sequência é bastante forte, porque consegue provocar todo o tipo de emoções desconfortáveis ao espectador. 


But Ramsay... Well, Ramsay Has His Own Way of Doing Things - As Crueldades de Ramsay Bolton 


A terceira temporada de "Game of Thrones" apresentou-nos a Ramsay Bolton (Iwan Rheon), um dos melhores vilões da série cujos níveis de sadismo e crueldade superam os do Rei Joffrey. A principal vítima de Ramsay foi, claramente, o anti-herói Theon Greyjoy. Este foi torturado e brutalmente mutilado por Ramsay durante a parte final da terceira temporada, tendo tal tortura resultado numa quebra completa da pessoa que em tempos foi Theon Greyjoy e que, após a tortura, não passa de um fiel escravo sem identidade. As sequências de tortura que envolvem Theon são poderosas, mas no início da quarta temporada Ramsay volta a fazer das suas e, logo no início, parte com a sua principal amante numa caçada com o objetivo de encontrar e mutilar a sua outra jovem amante que, aparentemente, já o aborrecia. Embora essa mutilação não apareça em cena, fica tacitamente demonstrado a violência da mesma, como também fica demonstrada a violência da natureza desta personagem que, para além de caçar amantes e mutilar escravos, tinha também o hábito sádico de tirar a pele aos seus inimigos e às pessoas que o traem, como ficou demonstrado ao longo da quarta e da quinta temporada. O principal ato de sadismo de Ramsay ocorreu na sua noite de núpcias, quando violou sem piedade e na presença do seu escravo pessoal a sua esposa Sansa Stark. Tal sequência é, sem dúvida, uma das mais polémicas e tem sido alvo de duras críticas por parte dos próprios fãs da série. O final de Ramsay, na Batalha dos Bastardos, acaba por ser um pouco anticlimática, mas bastante justa.


And Now His Watch Has Ended - A Morte Aparente de Jon Snow


No final do décimo episódio da quinta temporada, Jon Snow (Kit Harington) é vítima de um já denunciado motim por parte dos seus colegas da Patrulha da Noite que o consideram um traidor por ter salvo os Selvagens. Embora tal traição já estivesse a ser preparada à vários episódios, confesso que a sua concretização acabou por ser bastante imponente e, digamos, bastante dramática. E digo isto porque Jon sempre foi uma das personagens centrais da série e tal desfecho para a temporada e, quem sabe, para esta personagem não deixa de ser bastante surpreendente. Embora a brutalidade da sequência de eventos parecia indicar a morte certa de Jon Snow, já se sabe que no mundo de "Game of Thrones" uma personagem só morre verdadeiramente quando é queimada viva ou é decapitada, por isso não foi de estranhar o seu regresso na sexta temporada. E diga-se que a posterior ressurreição ficou bastante àquem da morte. O que fica do seu regresso do mundo do mortos é sim uma das sequências de vingança mais frias e nada características da personagem.


He Was No Dragon. Fire Cannot Kill a Dragon - A Coroa Dourada de Viserys Targaryen


Antes da morte de Ned Stark, "Game of Thrones" aliciou os espectadores com a morte cruel de Viserys Targaryen (Harry Lloyd) às mãos de Khal Drogo (Jason Momoa). Drogo, perante a arrogância e as ameaças do seu cunhado, despejou-lhe um caldeirão de ouro derretido em cima da cabeça. A morte do abusivo irmão de Daenerys Targaryen no sexto episódio da primeira temporada reduziu na altura para dois (claro que um terceiro apareceu depois) os membros vivos da Família Targaryen e eliminou uma personagem que também se julgava ter alguma influência na trama da saga, afinal de contas Viserys era o herdeiro da Dinastia Targaryen. A crueldade agoniante da sua morte é complicada de engolir e isso torna a cena da sua morte num espetáculo de sadismo, mas acima de tudo, tal sequência acabou por ser um fim justo para um vilão secundário que, ao contrário da sua irmã, provou que não era um digno sucessor dos poderes da sua família. 


A Dothraki Wedding Without At Least Three Deaths is Considered a Dull Affair - O Casamento de Daenerys Targaryen


No último episódio da primeira temporada, Daenerys Targaryen (Emilia Clarke) parecia que, por momentos, ia seguir os passos de Ned Stark e tornar-se numa das principais personagens da primeira temporada e da própria série a sofrer uma morte prematura (como se sabe Daenerys  voltou a brinca com o fogo depois disto, mas de forma menos espetacular). Embora este momento seja surpreendente, a sequência mais chocante e memorável a envolver a herdeira da Dinastia Targaryen nas primeiras temporas diz respeito ao seu casamento com Khal Drogo (Jason Momoa) que, sem dúvida, representa o hino à violência e ao excesso do mundo da Guerra dos Tronos. Antes de mais, o casamento propriamente dito foi pesado em termos de violência, tanto é que num célebre combate a meio da boda tivemos um primeiro vislumbre de esventramento humano e isto logo no primeiro episódio da primeira temporada. O mais chocante viria no final do episódio com a violenta noite de núpcias entre Daenerys e Drogo. Este último, após alguns gestos bonitos e de ter levado a sua noiva para uma paisagem muito romântica, recuperou a sua essência bárbara e consumou à força o casamento, isto apesar da sua mulher estar apavorada e de ter sido obrigada por ele a colocar-se de joelhos junto a rochas onde o mar embatia violentamente, como que se de um prenúncio se tratasse.

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