Crítica - Battle of the Sexes (2017)

Realizado por Jonatahn Dayton
Com Emma Stone, Steve Carell, Andrea Riseborough


Um jogo de ténis entre o ex-tenista profissional Bobby Riggs (Steve Carell) e a aguerrida Billie Jean King (Emma Stone) tornou-se, nos Anos 70, no epicentro de um debate global sobre a igualdade de géneros. O desfecho deste jogo, como se sabe, ajudou a cimentar o profissionalismo do ténis feminino, tendo também marcado a vida de King que, como se sabe, aproveitou este jogo para assumir a sua homossexualidade e para revigorar a luta pelos direitos das mulheres no desporto.
O evento real que está na base de "Battle of the Sexes" foi controverso na época, já que muitos o encararam como uma campanha de marketing promovida, por um lado, pelas organizações femininas para chamar a atenção do público para a luta pela igualdade de géneros e, por outro, pelo próprio Riggs que esperava, assim, conquistar de novo a atenção do público. Ao contrário da luta pela igualdade que saiu reforçada pelo desfecho do jogo, Riggs acabou por não ganhar nada com esta campanha e, este jogo, foi mesmo a sua última grande aparição mediática no palco global do ténis. 
Não estamos perante um tradicional filme desportivo, mas sim perante um drama que pretende realçar um evento marcante para a igualdade de género no desporto. Focando-se mais no lado de Billie Jean King do que no de Riggs, "Battle of the Sexes" consegue expor a realidade social da época e apresentar ao público a forte personalidade de King, uma figura incontornável do ténis. E, neste capítulo, até serve, de certa forma, como uma espécie de biopic desta grande tenista (uma das melhores de sempre) que marcou o desporto, não só pela sua carreira, como por este evento. 
O filme em si tem emoção, comédia e, claro, um fortíssimo contexto histórico que permite elucidar o público sobre as questões que explora e as ilações que se retiraram do jogo da Batalha dos Sexos que, hoje em dia, ainda é encarado como um dos jogos de ténis mais importantes da história. E esta obra faz-lhe justiça!

Classificação - 3,5 Estrelas em 5




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