Crítica - The Pyramid (2014)

Realizado por Grégory Levasseur 
Com Ashley Hinshaw, James Buckley, Denis O'Hare 

Sem ovos não se podem fazer boas omeletes, mas arrisco a dizer que mesmo que o novato e claramente inexperiente Grégory Levasseur tivesse todos os ovos do mundo à sua disposição,"The Pyramid" seria na mesma um produto medíocre. E tudo por culpa do amadorismo que pauta "The Pyramid" do inicio ao fim, amadorismo esse que começa no seu jovem realizador e estende-se ao seu igualmente jovem elenco e restante equipa de produção. 
Há que culpar, primeiramente, Levasseur por não ter conseguido transformar os mais de seis milhões de orçamento que tinha à sua disposição num produto de terror minimamente competente ou, pelo menos, bem feito. É verdade que as ideias que se escondem por detrás do ambicioso enredo de "The Pyramid" pediam um orçamento muito maior, mas perante as possibilidades reais, Levasseur tinha obrigação de fazer mais e melhor.
A culpa deve também ser partilhada pela restante equipa e produtores, já que para resultar em pleno,  "The Pyramid" precisava de uma visão mais poderosa e de um trabalho bem mais profissional. É por isso que as ideias curiosas que pautam o seu enredo acabam por se tornar ocas e aborrecidas, não porque sejam más, mas porque são mal exploradas. E tais ideias pareciam promover um filme de terror diferente, onde a Mitologia Egípcia teria um espaço nobre e central raramente visto nos filmes de terror. E por Mitologia Egípcia não falo apenas nas já clássicas múmias, mas sim nos Deuses Egípcios que, por culpa de um mau aproveitamento, conseguem aqui ser verdadeiramente desprezados.  


À semelhança de um igualmente fraco mas expressivamente mais mediático "As Above, So Below" (2014), "The Pyramid" segue a história de um grupo de pessoas muito curiosas que decidem explorar um sitio arqueológico sombrio, onde, sem surpresa, tudo  corre muito mal. Esta sua jornada de temor e morte é documentada, em primeira pessoa, de uma forma atabalhoada e confusa que, em vez de assustar, acaba por irritar e frustrar o seu público graças à sua clara incompetência. 
Não se pode negar que a Mitologia e as Pirâmides do Egipto têm um claro potencial para servir de cenário para uma historia de terror. Mas já se pode negar a competência dos responsáveis por "The Pyramid". Perante tudo o que este produto poderia oferecer e perante a diferença que poderia causar junto dos filmes de terror, Levasseur e Companhia conseguiram destruir tudo e acabaram por criar uma irritante banalidade de terror que não convence nem assusta. Não quero afirmar que "The Pyramid" teria sido um produto genial sob o comando de outras pessoas, mas tenho a certeza que o resultado final produzido seria bem melhor que este.

Classificação - 1 Estrela em 5

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