A Onda de Escândalos Sexuais Também Chegou à Coreia do Sul e Já Provocou Escândalos e Suicídios!



O movimento MeToo contra o Assédio Sexual e a consequente onda de Escândalos Sexuais que normalmente o acompanha já chegaram em força à industria cinematográfica sul-coreana! O primeiro grande nome de peso a ser apanhado por este movimento e pela controvérsia foi o do cineasta Kim Ki-duk. Este premiado realizador ganhou, em 2012, o Leão de Ouro no Festival de Veneza por "Pieta" (2012), tendo também recebido vários prémios em Portugal, nomeadamente no FantasPorto, por esse e por outros filmes. É considerado uma das maiores estrelas do cinema na Coreia do Sul, mas neste momento a sua popularidade encontra-se em níveis baixos. 
Este cineasta foi acusado por várias atrizes de assédio sexual, nomeadamente de ter comportamentos abusivos e de se aproveitar da sua posição e popularidade para obrigar jovens atrizes e outras profissionais da industria a cometer atos sexuais contra a sua vontade. As acusações estenderam-se também ao ator Cho Jae-hyun, uma presença constante nos filmes de Kim Ki-duk, que também foi acusado dos mesmos crimes. Já não é a primeira vez que o cineasta é alvo de acusações deste género, já que em Agosto de 2017 foi alvo de queixas semelhantes por parte de uma atriz que, foi mais longe, e acusou-o de violação. A queixa crime apresentada contra Kim Ki-Duk acabou por ser arquivada, mas o cineasta teve ainda assim que pagar uma multa elevada.
Em resposta às acusações veiculadas, Ki-duk pronunciou-se através de uma breve comunicado:"Nunca tentei satisfazer os meus desejos pessoais usando o meu status como cineasta", tendo também afirmado que só realizou "relações sexuais consensuais" em toda a sua vida. Por seu lado, o ator Jae-hyun afirmou que só discutiria as alegações contra ele quando as investigações forem iniciadas. Também no passado, Jae-hyun foi alvo de acusações semelhantes e, na altura, acabou por admitir os seus crimes, tendo feito um pedido público de desculpa. 
Conhecido pelos seus filmes violentos e sombrios, Kim Ki-duk lançou o seu novo filme "Human, Space, Time and Human" na Mostra Panorama do Festival de Berlim, tendo o mesmo sido alvo de críticas pesadas por parte do movimento #MeToo, já que se considerou que o filme prestigia um agressor.
À margem da polémica que envolveu Ki-Duk e Jae-hyun, também o ator Jo Min-ki, outra estrela do Cinema Sul-Coreano, foi acusado de ter cometido crimes de abusos sexuais por parte de várias mulheres. O ator foi alvo de inúmeras críticas e ameaças após a revelação das queixas e acabou por não resistir à pressão, tendo cometido suicídio. A sua morte levantou vozes contra as críticas e ameaças precoces por parte da Sociedade contra os alegados Abusadores, já que a Justiça prevê uma presunção de inocência até prova judicial em contrário.


UPDATE 2019 - Kim Ki-duk foi ilibado pelos tribunais sul-coreanos de todas as acusações relativas a conduta sexual imprópria e numa queixa seguiu para julgamento. O cineasta irá avançar com um processo contra as mulheres que o acusaram por difamação. 

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