Crítica - Ajin: Demi-Human (2017)

Realizado por Katsuyuki Motohiro
Com Mamoru Miyano, Takeru Satoh, Gô Ayano 


Produzido pela maior produtora de cinema do Japão, a Toho Studios, “Ajin: Demi-Human” é a adaptação live action de “Ajin”, uma série de mangá escrita e ilustrada por Gamon Sakurai que, posteriormente, foi também adaptada para a televisão por via de uma série anime. Esta série chegou também ao Cinema antes de “Ajin: Demi-Human”  pela via de uma trilogia de filmes de animação japonesa que tiveram bastante sucesso no Japão. 
Esta versão live action segue uma abordagem relativamente diferente dos restantes produtos da saga, mas a base de “Ajin” mantém-se bem viva. A história desta obra live action segue a história de sobrevivência de Kei Nagai, um jovem estudante de medicina que, após sofre um acidente fatal, ressuscita e percebe que é um Ajin, uma evolução da Humanidade que, por vias místicas, atingiu a imortalidade graças à presença de Demónios/ Ajins no seio dos infetados/afetados. Inicialmente, o Mundo olha para os Ajin com respeito, mas arpidamente a Humanidade passa a temer o Poder dos Ajins e começa a aprisioná-los e a estudá-los. É isso que acontece a Kei que, duratnte o seu cativeiro, é alvo de experiências brutais por parte do Governo Japones. Kei acaba por ser libertado por outros dois Ajins, mas rapidamente descobre que estes têm uma agenda sombria que envolve iniciar uma guerra de vingança contra a Humanidade e, no processo, assumir o controlo da Sociedade. É assim que Kei opta por aliar-se aos Humanos que tão mal o trataram com o objetivo de manter a paz e ajudar a Humanidade a vencer uma grande ameaça. 



Seleção do FantasPorto 2018 e do Festival de Paris, “Ajin: Demi-Human” é a escolha ideal para os fãs do Anime/Mangá em que este foi foi inspirado, porque embora não seja puramente fiel ao mangá em causa é, ainda assim, uma versão bem montada e fiel desse produto. Também será uma boa escolha para os fãs da Cultura de Cinema Mainstream do Japão, já que estamos perante um blockbuster japonês puro com fortes valores de produção capaz de cativar qualquer fã de ação. E tal sucede porque embora tenha uma narrativa básica, “Anji:Demi-Human” apresenta múltiplas sequências de ação bem orquestradas e de elevada qualidade que fazem as delícias dos apreciadores de obras de ação ritmadas e bem executadas. Há um par de sequências de elevada destruição , ação e carnifica que são particularmente interessantes e que chamam, inegavelmente, à atenção do publico, nomeadamente uma sequência de batalha muito competente, onde um Ajin enfrenta um Exército inteiro. Também as batalhas entre Anjins são muito bem feitas e enquadram-se perfeitamente no espírito do mangá. 
A forte e detalhada componente técnica e os múltiplos elementos de ação de qualidade contrastam, no entanto, com um enredo bastante pobre que praticamente não apresenta qualquer tipo de conteúdo substancial. Isto é notório, por exemplo, na parca  exposição narrativa que nos é fornecida sobre o Universo dos Anjin. Se tivesse um enredo mais próximo à qualidade dos elementos visuais, então não duvido que “Anjin: Demi-Human” tivesse sido considerado um dos filmes de ação mais completos e empolgantes de 2017. Em todo o caso é um competente blockbuster japonês que apela aos fãs de ação e que promove um nível atractivo de sequências de ação bem orquestradas,  adrenalina, explosões fantásticas e um sentimento puro de ação. 

Classificação - 3 Estrelas em 5

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