Crítica - Budapest Noir (2017)

Realizado por Éva Gárdos
Com Krisztián Kolovratnik, Réka Tenki, Kata Dobó

Inspirado nos clássicos policiais noir de Hollywood do Século XX, "Budapest Noir" é um thriller policial com boas ideias, mas com uma execução mediana. Embora tecnicamente competente, falta a esta obra húngara a capacidade para montar um enredo envolvente e tenso capaz de surpreender o espectador. 
A sua história foca-se na resolução de um crime de homicídio em 1936, em Budapeste, numa altura em que a Hungria se preparava para alinhar ao lado de Hitler e das potências do Eixo. Uma jovem prostituta é encontrada morta num bairro problemático, mas ninguém quer investigar o crime a não ser um jornalista criminal que, com este caso, poderá colocar a sua vida em risco. 
Embora pareça promissora, a intriga criminal, policial e dramática explorada revela-se bastante trivial com o passar dos minutos. O recalque excessivo do estilo hollywoodiano é prejudicial, mas onde o filme falha mesmo é na incapacidade de convencer e cativar o espectador, não conseguindo assim prende-lo a uma trama de suspense que vai perdendo fulgor à medida que se desenvolve e que aposta num elemento romântico completamente descabido que em nada beneficia a trama. Esta culmina num final bastante ameno e anti climático que, de certa forma, acaba por condizer com todo o contexto desinspirado e incompleto do argumento.

Classificação - 2 Estrelas em 5

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