Realizado por Jason Reitman
Com Charlize Theron, Elaine Tan, Emily Haine
Um filme realizado por Jason Reitman, com argumento de Diablo Cody e protagonizado por Charlize Theron é, à partida, um sucesso garantido. É certo que “Tully” não foi um grande êxito comercial, mas não há dúvidas que no campo da qualidade cumpriu as expectativas e é, efetivamente, um competente drama familiar sobre a maternidade.
A maravilhosa Charlize Theron brinda-nos com mais uma excelente performance no papel de Marlo, uma mãe que cuida sozinha dos seus três filhos, entre eles, um recém-nascido, isto porque o seu marido apenas se dedica ao trabalho. Para salvá-la das desgastantes tarefas diárias é contratada uma ama de noite, uma mulher moderna, cheia de sorrisos e juventude que a vai ajudar a cuidar da casa e dos filhos. Hesitante a tanta extravagância no início, Marlo acaba por criar um vínculo de amizade único com a jovem surpreendente e às vezes desafiadora Tully (Mackenzie Davis). No campo positivo das interpretações há também que destacar a incrível jovem atriz Mackenzie Davis que, à semelhança de Theron, brinda-nos com uma grande performance!
A dinâmica entre Theron e Davis é, aliás, sublime e isso ajuda a sobressair um já de si belo enredo que começa lentamente, mas termina de uma forma muito interessante. “Tully” mergulha-nos no complexo mundo da maternidade e na árdua tarefa que é educar e tomar conta de três crianças delicadas. Os desafios que são enfrentados por Marlo são idênticos ao de muitos pais que procuram estabilidade e, também esperam coordenar a sua vida com a da sua família. É, portanto, um filme que espelha uma realidade muito próxima a muitas pessoas e fá-lo de uma forma muito delicada e curiosa que, no final, resulta num produto dramático muito interessante que, em alguns casos, poderá assustar quem ainda não passou pela fase da maternidade/paternidade. Mas a mensagem final que fica é, até, bastante positiva e esperançosa, mostrando que, pese embora todas as crises que podem surgir, o resultado final acaba por valer a pena.
Classificação - 3,5 Estrelas em 5
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