Realizado por Paul Haggis
Com Russell Crowe, Elizabeth Banks, Liam Neeson, Olivia Wilde
O novo filme de Paul Haggis, “The Next Three Days”, é um remake de “Pour Elle” (2007), de Fred Cavayé, um razoável filme francês que foi transformado por este talentoso cineasta num razoável filme norte-americano que pouco tem a ver com os seus acalmados e controversos “Crash” (2004) e “In The Valley Of Elah” (2007), no entanto, “The Next Three Days” também tem os seus pontos positivos que o tornam, à sua maneira, uma boa aposta para quem aprecie um filme dramático com contornos comerciais. A sua história é centrada em John e Lara Brennan (Russell Crowe e Elizabeth Banks), um casal feliz e bem sucedido que leva uma vida calma e idílica, no entanto, tudo isto se altera quando Lara é presa por um crime que afirma não ter cometido, uma certeza que apenas convence o seu marido porque as autoridades e os tribunais não acreditam nela e mantêm a sua acusação e eventual condenação. Após o último recurso de Laura ser recusado, John resolve actuar por conta própria e elabora um arriscado plano que tem como único intuito libertar a sua mulher do seu martírio, um plano que o leva a arriscar tudo o que tem pela mulher que ama.
A premissa de “The Next Three Days” parece ser semelhante à premissa de “Prison Break”, no entanto, esta obra de Paul Haggis pouco tem a ver com a famosa série televisiva que obteve o seu sucesso às custas das obscuras e irrealistas tramas políticas em que se viam envolvidos os Irmãos Scofield. É verdade que “The Next Three Days” e “Prison Break” têm pequenas similaridades narrativas, mas “The Next Three Days” é uma obra muito mais emotiva e unidimensional, características que saltam à vista quando analisamos o seu enredo que se centra essencialmente nos dramas e dúvidas de John, um homem de família que durante todo o filme batalha para salvar a sua mulher e para ter novamente a sua família reunida sob o mesmo tecto. Esta luta interna e externa leva-o a cometer actos imperdoáveis mas absolutamente necessários para salvar a pessoa que mais ama. O enredo de “The Next Three Days” foi habilmente dividido por Paul Haggis em dois planos narrativas distintos que se completam um ao outro. O primeiro plano é uma vertente dramática/romântica que nos mostra o enorme poder do inabalável amor que une os principais intervenientes do filme, mas que também explora exaustivamente o seu instável mas resoluto estado de alma, fornecendo assim todos os dados que necessitamos para contextualizar as suas atitudes. A esta vertente mais secundária e comovente somamos aquela que preenche a maior parte da acção do filme e que nos mostra detalhadamente como John idealiza e concretiza o seu arriscado e elaborado plano para tirar Lara da cadeia. É obvio que estes planos narrativos têm as próprias suas lacunas mas, em última análise, formam um enredo coeso que equilibra razoavelmente o drama com a acção, formando assim uma história estável e sem nenhuma falha acentuada. O único erro crasso que encontramos em “The Next Three Days” está presente na sua conclusão que acaba por nos dizer se Lara cometeu ou não o crime que a levou à cadeia, uma resposta que acaba por ser previsível mas que poderia ter sido deixada à consideração do espectador.
A nível técnico, “The Next Three Days” não é deslumbrante ou imensamente cativante, no entanto, Paul Haggis incutiu-lhe o mínimo necessário para satisfazer as necessidades mínimas de um público habituado aos trabalhos visualmente estonteantes de Hollywood. A sua fotografia é praticamente irrelevante e a sua banda sonora também não é maravilhosa mas cumpre os requisitos mínimos. Russell Crowe volta a nos oferecer um trabalho sério e razoável, que infelizmente não está ao nível das suas melhores performances em filmes como “A Beautiful Mind” ou “The Insider”. Elizabeth Banks tem aqui um papel mais sério que o habitual mas que ela acaba por assumir com habilidade, no entanto, outra actriz mais experiente em papéis dramáticos poderia ter feito um trabalho melhor. Liam Neeson tem a melhor performance do elenco secundário, mas Ty Simpkins também está muito bem como o filho de John e Lara. Em suma, “The Next Three Days” é um filme aceitável que não cumpre as expectativas iniciais, mas que vai certamente providenciar um entretenimento razoável a qualquer pessoa que aprecie filmes desta natureza.
Com Russell Crowe, Elizabeth Banks, Liam Neeson, Olivia Wilde
O novo filme de Paul Haggis, “The Next Three Days”, é um remake de “Pour Elle” (2007), de Fred Cavayé, um razoável filme francês que foi transformado por este talentoso cineasta num razoável filme norte-americano que pouco tem a ver com os seus acalmados e controversos “Crash” (2004) e “In The Valley Of Elah” (2007), no entanto, “The Next Three Days” também tem os seus pontos positivos que o tornam, à sua maneira, uma boa aposta para quem aprecie um filme dramático com contornos comerciais. A sua história é centrada em John e Lara Brennan (Russell Crowe e Elizabeth Banks), um casal feliz e bem sucedido que leva uma vida calma e idílica, no entanto, tudo isto se altera quando Lara é presa por um crime que afirma não ter cometido, uma certeza que apenas convence o seu marido porque as autoridades e os tribunais não acreditam nela e mantêm a sua acusação e eventual condenação. Após o último recurso de Laura ser recusado, John resolve actuar por conta própria e elabora um arriscado plano que tem como único intuito libertar a sua mulher do seu martírio, um plano que o leva a arriscar tudo o que tem pela mulher que ama.
A premissa de “The Next Three Days” parece ser semelhante à premissa de “Prison Break”, no entanto, esta obra de Paul Haggis pouco tem a ver com a famosa série televisiva que obteve o seu sucesso às custas das obscuras e irrealistas tramas políticas em que se viam envolvidos os Irmãos Scofield. É verdade que “The Next Three Days” e “Prison Break” têm pequenas similaridades narrativas, mas “The Next Three Days” é uma obra muito mais emotiva e unidimensional, características que saltam à vista quando analisamos o seu enredo que se centra essencialmente nos dramas e dúvidas de John, um homem de família que durante todo o filme batalha para salvar a sua mulher e para ter novamente a sua família reunida sob o mesmo tecto. Esta luta interna e externa leva-o a cometer actos imperdoáveis mas absolutamente necessários para salvar a pessoa que mais ama. O enredo de “The Next Three Days” foi habilmente dividido por Paul Haggis em dois planos narrativas distintos que se completam um ao outro. O primeiro plano é uma vertente dramática/romântica que nos mostra o enorme poder do inabalável amor que une os principais intervenientes do filme, mas que também explora exaustivamente o seu instável mas resoluto estado de alma, fornecendo assim todos os dados que necessitamos para contextualizar as suas atitudes. A esta vertente mais secundária e comovente somamos aquela que preenche a maior parte da acção do filme e que nos mostra detalhadamente como John idealiza e concretiza o seu arriscado e elaborado plano para tirar Lara da cadeia. É obvio que estes planos narrativos têm as próprias suas lacunas mas, em última análise, formam um enredo coeso que equilibra razoavelmente o drama com a acção, formando assim uma história estável e sem nenhuma falha acentuada. O único erro crasso que encontramos em “The Next Three Days” está presente na sua conclusão que acaba por nos dizer se Lara cometeu ou não o crime que a levou à cadeia, uma resposta que acaba por ser previsível mas que poderia ter sido deixada à consideração do espectador.
A nível técnico, “The Next Three Days” não é deslumbrante ou imensamente cativante, no entanto, Paul Haggis incutiu-lhe o mínimo necessário para satisfazer as necessidades mínimas de um público habituado aos trabalhos visualmente estonteantes de Hollywood. A sua fotografia é praticamente irrelevante e a sua banda sonora também não é maravilhosa mas cumpre os requisitos mínimos. Russell Crowe volta a nos oferecer um trabalho sério e razoável, que infelizmente não está ao nível das suas melhores performances em filmes como “A Beautiful Mind” ou “The Insider”. Elizabeth Banks tem aqui um papel mais sério que o habitual mas que ela acaba por assumir com habilidade, no entanto, outra actriz mais experiente em papéis dramáticos poderia ter feito um trabalho melhor. Liam Neeson tem a melhor performance do elenco secundário, mas Ty Simpkins também está muito bem como o filho de John e Lara. Em suma, “The Next Three Days” é um filme aceitável que não cumpre as expectativas iniciais, mas que vai certamente providenciar um entretenimento razoável a qualquer pessoa que aprecie filmes desta natureza.
Classificação – 3,5 Estrelas Em 5
4 Comentários
um excelente filme que, apos a primeira meia-hora, prende-nos ao ecran ate ao ultimo minuto. Dos melhores filmes que vi recentemente. de 0 a 5, penso que pela forma como nos faz tar agarrando à cadeira merece o 4
ResponderEliminarPenso que este filme ganhou pois não houve nenhuma parte que nos fizesse dizer..xi ganda treta. Foi tudo muito bem idealizado com a vida real.
ResponderEliminarExcelente filme do 1º ao último minuto, gostei valeu a pena!
ResponderEliminarQual discurso do Rei qual carapuça? 72 horas é que é, isto sim é cinema, cinema tem de ser igual a intertenimento, vontade de ver, e quanto a isso, estamos conversados. Grande filme.
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