Crítica - Trespass (2011)

Realizado por Joel Schumacher
Com Nicolas Cage, Nicole Kidman, Cam Gigandet

A colaboração de Nicolas Cage com Joel Schumacher em “8MM” (1999), não foi muito feliz e não deixou saudades, mas a verdade é que doze anos após a sua estreia, Cage e Schumacher voltaram a trabalhar juntos neste “Trespass”, um thriller ainda mais sofrível e desenxabido que “8MM”. A sua história centra-se num casal (Nicolas Cage e Nicole Kidman) que é feito refém por um grupo de violentos criminosos que estão à procura do grande golpe da sua vida, mas à medida que o assalto se vai arrastando pela noite dentro, várias fraudes e traições vêm ao de cima, causando assim sérias complicações para o casal e para os próprios criminosos.

A mediocridade de “Trespass” é evidenciada pela sua desinteressante premissa e pelos seus péssimos elementos promocionais, que deixam antever um filme enfadonho e inerte onde parece existir um excesso de violência que acaba por nunca ser concretizado em cenas verdadeiramente sádicas ou macabras. Ao claro défice de tensão e criatividade do seu enredo, temos também que somar os levianos trabalhos do seu realizador e elenco, onde só se salva a satisfatória performance de Nicole Kidman, que contrasta com o terrível trabalho de Nicolas Cage. Em suma, “Trespass” é um thriller sem nenhum mérito ou relevo que traduz na perfeição o estado actual das outrora ilustres carreiras de Cage e Schumacher, duas figuras incontornáveis da sétima arte norte-americana que nos últimos anos têm sido alvo de um crescente descrédito por parte da crítica internacional, porque não têm feito as melhores escolhas ou tomado as decisões mais acertadas.

Classificação – 1 Estrela Em 5