Os vencedores dos Óscares de 2016 já foram anunciados. O maior vencedor de entre os vencedores foi, claro está, "Spotlight", o drama jornalístico de Tom McCarthy que juntou o òscar de Melhor Argumento Original ao Óscar de Melhor Filme. Embora só tenha vencido estes dois Óscares, "Spotlight" tem que ser justamente destacado como um dos principais vencedores da noite, porque, para além do principal Óscar da noite, juntou ainda outro Óscar de relevo ao seu curto mas ilustre palmarés. O grande rival à partida de "Spotlight" para estes Óscares era o drama/ western de sobrevivência "The Revenant" que, apesar de não ter conquistado o Óscar de Melhor Filme, levou para casa três Óscares importantes. Para além do Óscar de Melhor Fotografia, que premiou justamente o magistral trabalho de Emmanuel Lubezki, "The Revenant" conquistou os Óscares de Melhor Ator e Melhor Realizador que foram entregues, respetivamente a Leonardo DiCaprio e Alejandro G. Iñárritu que, com estas conquistas, entraram para a história dos Óscares por motivos diferentes. Iñárritu conseguiu a proeza de ganhar por duas vezes seguidas o Óscar de Melhor Realizador, isto após ter ganho o mesmo prémio em 2015 por "Birdman". Já DiCaprio, que por estes dias era e será o homem do momento, cumpriu as expectativas e conquistou finalmente o seu tão merecido Óscar de Melhor Ator que, no passado, fugiu-lhe tantas vezes com alguma injustiça. O terceiro grande vencedor da noite foi "Mad Max: Fury Road" que varreu a maior parte das categorias técnicas e, assim, venceu seis Óscares, tornando-se assim no filme que mais Óscares venceu este ano. Entre as expectativas e previsões, "Mad Max: Fury Road" confirmou grande parte das apostas, mas ainda George Miller poderá, por ventura, queixar-se da sua sorte, já que a sua vitória na categoria de Melhor Realizador era tão justa como a de Inarritu. "Mad Max: Fury Road" também deixou escapar, desta vez para o drama sic-fi "Ex Machina", o Óscar de Melhor Efeitos Especiais. Esta foi aliás uma das principais surpresas dos Óscares, mas ainda assim não se pode dizer que esta surpresa não tenha sido boa, porque foi realmente uma vitória justa.
Brie Larson confirmou tudo o que se esperava e venceu o Óscar de Melhor Atriz por "Room". Kate Winslet, por outro lado, perdeu o Óscar de Melhor Atriz para Alicia Vikander de "The Danish Girl". Embora surpreendente, a conquista de Vikander foi justa pela sua excelente performance num dos grandes filmes do ano. À semelhança de Winslet, também o super favorito Sylvester Stallone perdeu o Óscar de Melhor Ator Secundário para Mark Rylance que, assim, deu o único Óscar da noite a "Bridge of Spies". Tal como no caso de Vikander, a vitória de Rylance foi justa, mas ainda assim, surpreendente. Ainda assim ficou a indicação positiva que a Academia não cede a pressões populistas. Por fim, "Inside Out", "Amy" e "Son of Saul" deram razão a quem dizia que as categorias de Melhor Animação, Documentário e Filme Estrangeira eram as mais previsíveis, já que as conquistaram sem espinhas. Nas categorias sonoras, "The Hateful Eight" e Ennio Morricone venceram, muito justamente, o Óscar de Melhor Banda Sonora, já na vitória mais polémica e injusta da noite, Samn Smith levou para casa o Óscar de Melhor canção por "Writings on the Wall" de "Spectre". Entre os derrotados estão "Carol", "Brooklyn", "The Martian" e "Star Wars: Force Awakens" que, pese embora as suas várias nomeações, não conseguiram triunfar em nenhuma categoria, mas isso já era esperado. Também "The Big Short" saiu dos Óscares com apenas uma vitória na categoria de Melhor Argumento Adaptado.
Uma palavra final para a cerimónia em si. O anfitrião Chris Rock dedicou 98% dos seus monólogos e apresentações à polémica Oscars So White, algo que já se esperava. Ainda assim, Rock mostrou a espaços alguma imparcialidade, humor e justiça que lhe ficou bem, mas ainda assim teve algumas tiradas infelizes e excessivas que prejudicaram a cerimónia. As performances musicais de Sam Smith e The Weekend foram muito amenas, já a de Lady Gaga roubou todas as atenções e, a par da vitória de Leonardo DiCaprio, foi um dos grandes momentos da noite. O espaço Memorial dos Óscares foi pouco emotiva, por força do tema musical que a acompanhou, mas ainda assim foi uma parte importante do espetáculo. Para terminar ficaram na retina as boas apresentações dos humoristas Louis C.K e Sasha Baron Cohen que acrescentaram um pouco de humor à cerimónia, algo que Rock por vezes não conseguiu incutir.
Brie Larson confirmou tudo o que se esperava e venceu o Óscar de Melhor Atriz por "Room". Kate Winslet, por outro lado, perdeu o Óscar de Melhor Atriz para Alicia Vikander de "The Danish Girl". Embora surpreendente, a conquista de Vikander foi justa pela sua excelente performance num dos grandes filmes do ano. À semelhança de Winslet, também o super favorito Sylvester Stallone perdeu o Óscar de Melhor Ator Secundário para Mark Rylance que, assim, deu o único Óscar da noite a "Bridge of Spies". Tal como no caso de Vikander, a vitória de Rylance foi justa, mas ainda assim, surpreendente. Ainda assim ficou a indicação positiva que a Academia não cede a pressões populistas. Por fim, "Inside Out", "Amy" e "Son of Saul" deram razão a quem dizia que as categorias de Melhor Animação, Documentário e Filme Estrangeira eram as mais previsíveis, já que as conquistaram sem espinhas. Nas categorias sonoras, "The Hateful Eight" e Ennio Morricone venceram, muito justamente, o Óscar de Melhor Banda Sonora, já na vitória mais polémica e injusta da noite, Samn Smith levou para casa o Óscar de Melhor canção por "Writings on the Wall" de "Spectre". Entre os derrotados estão "Carol", "Brooklyn", "The Martian" e "Star Wars: Force Awakens" que, pese embora as suas várias nomeações, não conseguiram triunfar em nenhuma categoria, mas isso já era esperado. Também "The Big Short" saiu dos Óscares com apenas uma vitória na categoria de Melhor Argumento Adaptado.
Uma palavra final para a cerimónia em si. O anfitrião Chris Rock dedicou 98% dos seus monólogos e apresentações à polémica Oscars So White, algo que já se esperava. Ainda assim, Rock mostrou a espaços alguma imparcialidade, humor e justiça que lhe ficou bem, mas ainda assim teve algumas tiradas infelizes e excessivas que prejudicaram a cerimónia. As performances musicais de Sam Smith e The Weekend foram muito amenas, já a de Lady Gaga roubou todas as atenções e, a par da vitória de Leonardo DiCaprio, foi um dos grandes momentos da noite. O espaço Memorial dos Óscares foi pouco emotiva, por força do tema musical que a acompanhou, mas ainda assim foi uma parte importante do espetáculo. Para terminar ficaram na retina as boas apresentações dos humoristas Louis C.K e Sasha Baron Cohen que acrescentaram um pouco de humor à cerimónia, algo que Rock por vezes não conseguiu incutir.
Melhor Filme
Spotlight
Melhor Realizador
Alejandro González Inarritu por "The Revenant"
Melhor Ator Principal
Leonardo DiCaprio por "The Revenant"
Melhor Atriz
Brie Larson por "Room"
Melhor Ator Secundário
Mark Rylance por "Bridge of Spies"
Melhor Atriz Secundária
Alicia Vinkander por "The Danish Girl"
Melhor Argumento Original
Spotlight
Melhor Argumento Adaptado
The Big Short
Melhor Filme Estrangeiro
Son of Saul
Melhor Animação
Inside Out
Melhor Documentário
Amy
Melhor Fotografia
The Revenant
Melhor Edição
Mad Max: Fury Road
Melhor Direcção Artistica
Mad Max: Fury Road
Melhor Guarda Roupa
Mad Max: Fury Road
Melhor Caracterização e Penteado
Mad Max: Fury Road
Melhor Banda Sonora
The Hateful Eight
Melhor Canção Original
Writing on the Wall - Spectre
Melhores Efeitos Visuais
Ex Machina
Ex Machina
Melhor Edição de Som
Mad Max: Fury Road
Melhor Mistura de Som
Mad Max Fury Road
Melhor Curta Live Action
Stutter
Melhor Curta de Animação
Bear Story
Melhor Curta Documental
A Girl in the River: The Price of Forgiveness
1 Comentários
Para mim, o filme "The Revenant" deveria ter ganho o óscar de melhor filme. Não é um filme fácil de se ver, mas é uma obra cinematográfica. Em relação ao Chris Rock, não fez um mau trabalho, mas continuo a preferir a Ellen DeGeneres como apresentadora. E fez-se tantas piadas da questão oscars so white que até cansou.
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