Crítica - Pottersville (2018)

Realizado por Seth Henrikson

Com Michael Shannon, Judy Greer, Ron Perlman

O Natal está a chegar e com ele chegam também aquelas tardes ou noites em que só apetece ver um filme aconchegante com um tema natalício. Quando essa altura chegar evite uma aposta em “Pottersville”, uma espécie de comédia natalícia com elementos de fantasia que revela-se um filme mediano com poucos pontos de interesse, pese embora o seu elenco estrelar e a sua trama promissora.

Em “Pottersville”, o veterano Michael Shannon interpreta Maynard, um comerciante pacato de uma pequena cidade. Após uma grande desavença com a sua esposa, Maynard decide afogar as suas mágoas na bebida e, durante a noite, acaba por sair para a rua vestido com uma fantasia improvisada de gorila. A sua peripécia acaba por chamar a atenção da população que, devido à fantasia, confunde-o com o Pé-Grande, a mítica criatura que supostamente habita nas florestas americanas. A sua aventura noturna acaba por desencadear uma forte atenção mediática sobre a cidade que, por arrasto, gera um espetáculo de especulação e mediatismo através das redes sociais e um inesperado aumento do turismo local. A peripécia de Maynard acaba por salvar a cidade da ruína, mas até quando é que ele conseguirá manter a mentira?

Embora possa parecer curioso à partida, “Pottersville” rapidamente se torna num filme pachorrento e com poucos motivos de atração. A sua narrativa segue o seu inevitável curso previsível e, como se poderia pensar, não compensa os espectadores que aguentam até final com nenhuma ilustre recompensa na forma de um twist inesperado ou até com diálogos mais corridos e com humor à mistura. Revela-se, em suma, uma comédia fraca que não agarra ninguém à sua tentativa de misturar Natal e Fantasia, mas acima de tudo surge como uma certa oportunidade perdida, já que a ideia que lança o filme até não é má. O problema é que não foi potencializada….

Classificação - 1,5 Estrelas em 5