Maçadora, pesada e cansativa são os adjectivos que me ocorrem para descrever esta obra de Gabrielle Muccino. O enredo gira em torno de Ben Thomas (Will Smith), um homem que se faz passar junto de sete pessoas, cuja vida se encontra num ponto de viragem, por empregado das Finanças que de algum modo as ajuda a fim de se redimir, até que uma dessas pessoas, Emily Posa (Rosario Dawson), acaba por o conquistar emocionalmente. Culpa e expiação são portanto as palavras-chave do filme a um ponto que nos faz lembrar o próprio sacrifício de Jesus Cristo na cruz.
Ora este é tema é tremendamente pesado e o modo como é tratado, numa narração lenta, triste, melancólica, cheia de sofrimento mesmo nos poucos momentos mais alegres do filme, em nada contribui para nos dar um ponto de vista diferente sobre o tema. O filme vale pelo final surpreendente, sem dúvida, mas não consegui deixar de pensar que em nada me enriqueceu assistir a tal espectáculo. As interpretações de Will Smith, de Rosario Dawson e Woody Harrelson são correctas e conseguem sustentar a narrativa. Mas como já disse a soturnidade de todo o ambiente criado sem que haja uma qualquer finalidade visível assim como o facto dos elementos que compõe a narrativa só nos serem gradualmente revelados fazem do filme uma história curiosa, contada de um forma eventualmente curiosa mas completamente inverosímil e desnecessária.
Para o realizador esta história merecia ser contada porque “é uma viagem misteriosa que é ela própria uma declaração de amor”, uma “busca de sentido para a vida” muito pertinente nos nossos tempos. Tudo isto talvez seja verdade mas, fora o final que, como já referi, nos consegue apanhar completamente desprevenidos não me parece que a obra consiga chegar a nenhuma reflexão que possamos utilizar para as nossas vidas como Muccino pretende.
Classificação - 2,5 Estrelas Em 5
17 Comentários
Que pena, Will Smith tem sido tão selectivo nos filmes que entra...
ResponderEliminarNo entanto depois desta crítica, vamos preferir A troca para ver amanhã. Este fica para Alugar daqui a três meses :D
Boa crítica, concisa e eficaz!
beijinhos
tickets4three:
ResponderEliminarChangelling é muito bom. acho que fazeis bem em preterir esse a este Seven Pounds. Mas o Will Smith não tem sido assim tão selectivo, já entrou em vinte e tal filmes e só me consigo lembrar de 3 ou 4 de jeito tais como Ali, The Pursuit of Happyness, I am Legend(escapa)e o Independence Day que vale pelos efeitos especiais.
Concordo com elas, boa crítica.
nahhh... isso são ciúmes. :D
ResponderEliminarhiihihih
Descordo com a crítica. Adorei o filme, tem um ar de surpresa que só é revelada no final. Deixa agente pensando "o que ele tá fazendo?", "Porque ele esta fazendo isso?", etc.
ResponderEliminarO final é impressionante. É um tapa na nossa cara, que faz pensarmos o quanto humano nos somos? Recomendo a todos.
sem contar inimigo do estado - ótima atuação.
ResponderEliminarEu achei este filme simplesmente fantástico. E gostei ainda mais pela maneira como a história nos vai sendo revelada. Faz lembrar um pouco o estilo do Sexto Sentido: chegamos ao fim e pensamos: "Ah! então era isto!". Adorei e toda a gente no cinema puxava dos lenços para limparem as lágrimas...
ResponderEliminarbem acho que afinal vamos ver este filme, já temos saudades do nosso Dr. Love hihihi
ResponderEliminartens um gosto d caralho pra filmes, fazer criticas assim vais longe,os brasileiros sao mxm uns burros d merda fdx!um filme espetacular e dizes que nao presta,deves ser dakeles k vai ao cinema pra cmer pipocas so..
ResponderEliminarUma coisa e o filme se desenvovler de forma lenta,outra coisa e estar mal feito nesse sentido. O filme esta bem elaborado, tem uma narracao pesada e lenta mas bem feita. Mau seria se tivesse bem feita. Se demora muito ou pouco isso ja sao opinioes, mas tem grandes representacoes. A Troca ou o Caso de Benjamin Button tem uma duracao maior e nao me parece que seja mau. Depende da maneira e da intensidade da historia. Will Smith esta magistral.Soberbo, mesmo.
ResponderEliminarNão deve haver nada que vocês achem bom.
ResponderEliminarPareceu-me um bom filme, diferente.
E ao contrário do que o autor da critica nos diz faz-nos pensar.. muitos de nós cometemos erros e acomodamo-nos, ninguém faz nada para compensar ninguém e isso é tema de reflexão
Esta sátira q foi feita por voce(s) nao passa meramente de um discurso retórico... Depois do q li poderia msm ate perguntar se viram antes o filme. Porque nao é preciso ser se erudito para perceber um filme como este... Mas vou entao dizr o q conclui depois de ter lido esta critica ridicula... Voces sao a q se chama "FAKE" tenta passar uma imagem de eruditos, mas a vossa ignara fala mais alto, ou seja, voces sao uma cambada de otarios q nem sabem qual o verdadeiro significado da vida
ResponderEliminarNão concordo com a critica, muito mal feita. O filme é estruturamente interessante, emocionante o final so vem completar a minha ideia, Gabrielle Muccino é uns dos melhores a abordar o aspecto humano, nunca vi filme iguais aos dele.
ResponderEliminardiscordo totalmente da critica. O filme é impressionante, tem um final optimo. Ao contrário de muitos outros não é previsivel, o que aumenta a sua qualidade. Não podemos esperar os tipicos filmes com "finais felizes", esses sim são maçadores e aborrecidos. Este deixa-nos colados ao ecrã do principio ao fim, ficamos confusos, sem perceber a história, mas o fim compensa tudo. É um dos melhores filmes que já vi.
ResponderEliminarÉ realmente um filme pesado, com uma narrativa lenta, mas acho q este era o propósito. O filme quebra com a lógica da maioria dos filmes de holywood. Não era pra ser um simples blockbuster ou uma história que vc assiste e vai dormir sem pensar a respeito. Cinema não é só diversão... é reflexão, tristeza, porque a arte retrata, discute, transforma a vida através da emoção, da quebra dos padrões.
ResponderEliminarComo é que uma pessoa que é critico de cinema consegue descredibilizar desta maneira este filme que tem cabeça, tronco, membros e alma?
ResponderEliminarLAMENTAVÈL
Quem diz que este filme não presta é perigosamente psicótico...
ResponderEliminarEssa crítica é uma bosta. O filme é encantador.
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