Crítica - Crónicas de França (2021)

Realizado por We Anderson

Com Benicio Del Toro, Adrien Brody, Tilda Swinton, Léa Seydoux


"French Dispatch" ou "Crónicas de França" não é o pior filme de Wes Anderson, mas fica lá perto. O estilo característico de Anderson está bem presente e prima pela diferenciação, como aliás seria de esperar, mas ao contrário de outras obras deste cineasta, como "Moonrise Kingdom" ou "The Grand Budapest Hotel", "Crónicas de França" não tem uma narrativa peculiar e poderosa que consiga acompanhar a excentricidade de Anderson. 



Por ocasião da morte do seu amado editor Arthur Howitzer Jr, nascido no Kansas, a equipa das "Crónicas de França", uma revista americana de ampla circulação, com sede na cidade francesa de Ennui-sur-Blasé, reúne-se para escrever o seu obituário. Memórias de Howitzer fluem para a criação de quatro histórias separadas. E são estas quatro histórias que formam o conteúdo deste projeto e estas exploram um diário de viagem das seções mais sórdidas da própria cidade; a história sobre um pintor criminalmente louco, o seu guarda e a sua musa, e seus vorazes negociantes; uma crónica do amor e da morte nas barricadas no auge da revolta estudantil; e um conto de suspense sobre drogas, rapto e jantares chiques.

Tal como já é habitual, Anderson reuniu um elenco de luxo para dar vida à saga narrativa, mas nem mesmo estrelas como Tilda Swinton ou Adrien Brody conseguiram salvar este projeto que, no final, deixa no ar a sensação que poderia ter rendido mais do que o que efetivamente rendeu. Faltou algo que conseguisse elevar a narrativa para outros vôos, isto porque o que acaba por sobressair é um conjunto de histórias algo lentas e enfadonhas completamente despidas de qualquer toque de excentricidade e brilho. 


Classificação - 2 Estrelas em 5

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