Com Isabella Rosselini, Kyle MacLachlan, Dennis Hoper, Laura Dern
Na pacata e tipicamente americana cidade madeireira de Lumbertown, a ordem é completamente quebrada quando o Jeffrey Beaumont (Kyle MacLachlan) descobre num campo uma orelha humana. Isso vai levá-lo a uma cantora de cabaret, Dorothy (Isabella Rosselini) que é violentamente abusada por um psicopata, Frank (Dennis Hopper recém saído da recuperação em álcool e drogas), que mantém reféns o filho e o marido desta. Sandy Williams (Lara Dern), filha do chefe da polícia local, acompanhá-lo-á nesta investigação ao mesmo tempo que se vai envolvendo com ele. O filme foi mal recebido na época por alguns críticos que viam como inutilmente chocante toda a explícita violência sexual da obra. As críticas recaíam também sobre o desempenho de Isabella Rosselini no seu segundo filme americano. No entanto, o tempo, veio mostrar todo o talento de Lynch já visível nesta obra. A começar por uma banda sonora inesquecível, (que incluía muitos hits já conhecidos do público como o próprio Blue Velvet), passando por uma paleta de cores minuciosamente estudada que remete logo para o azul do título, passando por cenários típicos muito realistas mas simultaneamente coerentes com o submundo que a classe média habitualmente não vê e terminado na construção de um argumento tão forte como incómodo, Blue Velvet inicia o espectador num mundo possível mas desconhecido.
Na pacata e tipicamente americana cidade madeireira de Lumbertown, a ordem é completamente quebrada quando o Jeffrey Beaumont (Kyle MacLachlan) descobre num campo uma orelha humana. Isso vai levá-lo a uma cantora de cabaret, Dorothy (Isabella Rosselini) que é violentamente abusada por um psicopata, Frank (Dennis Hopper recém saído da recuperação em álcool e drogas), que mantém reféns o filho e o marido desta. Sandy Williams (Lara Dern), filha do chefe da polícia local, acompanhá-lo-á nesta investigação ao mesmo tempo que se vai envolvendo com ele. O filme foi mal recebido na época por alguns críticos que viam como inutilmente chocante toda a explícita violência sexual da obra. As críticas recaíam também sobre o desempenho de Isabella Rosselini no seu segundo filme americano. No entanto, o tempo, veio mostrar todo o talento de Lynch já visível nesta obra. A começar por uma banda sonora inesquecível, (que incluía muitos hits já conhecidos do público como o próprio Blue Velvet), passando por uma paleta de cores minuciosamente estudada que remete logo para o azul do título, passando por cenários típicos muito realistas mas simultaneamente coerentes com o submundo que a classe média habitualmente não vê e terminado na construção de um argumento tão forte como incómodo, Blue Velvet inicia o espectador num mundo possível mas desconhecido.
A interpretação de Hoper como psicopata valeu-lhe um lugar merecido na História deste tipo de personagens no cinema, por outro lado, o esforço de Rosselini como cantora fixou esta nova versão do velho êxito dos anos 60 como uma referência para qualquer cinéfilo. Rosselini conseguiu ainda conferir ao filme uma sexualidade tão profunda como distorcida, aparecendo em nus integrais várias vezes ao longo da obra. O casal Kyle MacLachlan e Laura Dern, apesar de muitos novos, são competentes na interpretação dos jovens classe média americanos subitamente envolvidos com uma realidade brutal. E por fim, David Lynch recebeu muito justamente a Nomeação ao Óscar de Melhor Realizador que ao alongo do tempo se tem vindo a revelar merecidíssima.
5 Comentários
Vi o filme aquando da morte do Hooper e não gostei nada mas poucos são os filmes de D.Lynch que eu compreendo ou gosto.
ResponderEliminarQueria só deixar uma correcção:
ResponderEliminarO David Lynch não recebeu nenhum óscar por este filme, nem por outro qualquer.
UMa pequena correcção: O D. Lynch nunca recebeu um Óscar. Foi nomeado três vezes, uma precisamente por esse filme.
ResponderEliminarPedro G. Soares
Albertino e Pedro, têm toda a razão Lynch foi apenas noemado e injustamente, a meu ver, não recebeu o prémio.
ResponderEliminarAnónimo, penso que os filmes do Lynch não se devem ter tentar compreender linearmenete visto que ele entra pelos meandros do surreal mas, no caso do Blue Velvet em particular, isso não é ainda visível a não ser na construção psicologica das personagens, como acontece noutras obras dele.
Talvez a master piece de David Linch
ResponderEliminarhttp://www.cemiteriodoslivrosperdidos.blogspot.pt/