Crítica - The Deep Blue Sea (2012)

Realizado por Terence Davies
Com Rachel Weisz, Tom Hiddleston, Simon Russell Beale

A nomeação de Rachel Weisz ao Globo de Ouro de Melhor Atriz (Drama) afastou levemente os meus receios iniciais em relação a este “The Deep Blue Sea” mas, ao ser confrontado com o filme em si, concluí de imediato que tinha razões para estar reticente em relação a este improdutivo drama de época, que transborda tédio e inflexibilidade emocional por todos os lados. A sua nada excitante trama centra-se, unicamente, nos dilemas e indecisões de Hester Collyer (Rachel Weisz), um espirito livre que está acorrentada ao seu casamento sem amor com um juiz da classe alta (Simon Russell Beale), mas ela descobre um nova liberdade quando se envolve com Freddie Page (Tom Hiddleston), um problemático ex-piloto da Royal Air Force que vai virar a sua vida do avesso.

   

O suposto turbilhão emocional que rodeia a vida da personagem principal após esta conhecer o seu amante, é retratado de uma forma lenta e nada comovente que retira ao filme qualquer tipo de envolvimento erótico e emocional. Esta vacuidade de ritmo e emoção faz com que, ao longo de quase duas horas, sejamos bombardeados, a toda a hora, por um persistente sentimento de tédio e cansaço que deriva da negra e péssima fotografia de Florian Hoffmeister, mas sobretudo do fastidioso desenrolar do predicamento de Hester, um mulher tão irritante e entediante que nos faz sentir pena dos dois homens, igualmente molengões, que disputam a sua atenção. Eu acho que a típica rigidez britânica foi aqui levada a um extremo de tédio e insensibilidade quase impossível de tolerar porque, tirando a performance da sua atriz principal, não existe mais nada neste profundo oceano de lentidão que chame ou cative a nossa atenção. 

 Classificação – 1,5 Estrelas em 5

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