Realizado por Jeff Wadlow
Com Aaron Taylor-Johnson, Chloe Grace Moretz, Christopher Mintz-Plasse
Quando pensamos em “Kick-Ass”, pensamos imediatamente em irreverência, palavrões, violência e diversão assegurada. Foram essencialmente estes fatores que tornaram o filme-surpresa de Matthew Vaughn diferente de tudo o que havíamos visto até então. Sim, é verdade que muitos ficaram escandalizados com a pequena Chloe Moretz a dizer palavrões e a decepar membros de vilões como se não houvesse amanhã. Mas essa é precisamente a essência do universo “Kick-Ass”. Não ligar à censura e primar pela irreverência são os pontos fortes deste universo, tornando-o tão divertido quanto real. Pode não ser para todos (muitos certamente não o compreenderão), mas para muitos outros é uma espécie de prazer proibido que teima em não abandonar a memória. Ora, é certo que esta segunda aventura não está ao nível da original, mas o espírito de irreverência mantém-se presente e a diversão continua assegurada, de modo que “Kick-Ass 2” cumpre com aquilo que prometia.
Com Aaron Taylor-Johnson, Chloe Grace Moretz, Christopher Mintz-Plasse
Quando pensamos em “Kick-Ass”, pensamos imediatamente em irreverência, palavrões, violência e diversão assegurada. Foram essencialmente estes fatores que tornaram o filme-surpresa de Matthew Vaughn diferente de tudo o que havíamos visto até então. Sim, é verdade que muitos ficaram escandalizados com a pequena Chloe Moretz a dizer palavrões e a decepar membros de vilões como se não houvesse amanhã. Mas essa é precisamente a essência do universo “Kick-Ass”. Não ligar à censura e primar pela irreverência são os pontos fortes deste universo, tornando-o tão divertido quanto real. Pode não ser para todos (muitos certamente não o compreenderão), mas para muitos outros é uma espécie de prazer proibido que teima em não abandonar a memória. Ora, é certo que esta segunda aventura não está ao nível da original, mas o espírito de irreverência mantém-se presente e a diversão continua assegurada, de modo que “Kick-Ass 2” cumpre com aquilo que prometia.
Dois anos passaram desde que Kick-Ass (Aaron Taylor-Johnson) e Hit-Girl (Chloe Grace Moretz) invadiram o império de Frank D’Amico e mandaram o grande barão do crime pelos ares com uma bazuca. As coisas arrefeceram um pouco desde então. Dave Lizewski (aka Kick-Ass) encostou o fato verde e amarelo a um canto e Mindy Macready (aka Hit-Girl) transformou-se numa adolescente formosa que começa aos poucos a reparar nos colegas masculinos da escola e que deseja acima de tudo pertencer a um grupo dos seus pares. No entanto, a nostalgia invade o espírito dos dois heróis e estes decidem voltar à atividade enquanto tentam levar uma vida relativamente normal. Desta vez, porém, não estão sozinhos na luta contra o crime. O Coronel Stars and Stripes (quase irreconhecível Jim Carrey) forma uma liga de justiceiros part-time e Kick-Ass opta por se juntar ao grupo. Mas para fazer frente a esta equipa de super-heróis, Chris D’Amico (aka The Motherfucker) responde com a criação de um feroz grupo de super-vilões. A
partir daí o caos invade as ruas e a batalha campal tem início…
“Kick-Ass 2” é bom e divertido quanto baste, mas nota-se a ausência de Matthew Vaughn atrás das câmaras. Vaughn permanece como produtor e talvez por isso a aura de irreverência se mantenha intacta, permanecendo o espírito colorido e bem-disposto da fita original. Mas os golpes de génio do primeiro filme não abundam nesta sequela, sendo esta mais vulgar, menos consistente e bem menos espetacular. Na primeira aventura havia um sentimento de evolução das personagens e da própria narrativa. Desta feita, as personagens são mais unidimensionais e o argumento é mais previsível (salvo raros momentos de inspiração). A própria batalha final é mais vulgar, não havendo banda-sonora e/ou jogo de câmara que torne as coisas mais interessantes. Mas não devem desde já ficar desanimados, pois “Kick-Ass 2” não deixa de ser um filme bastante agradável e com os seus momentos de inspiração. Está uns furos abaixo do original, mas também ninguém esperaria outra coisa, especialmente depois da saída de Vaughn. Acima de tudo, os diálogos continuam a colocar-nos um sorriso no rosto e a opção por manter o mesmo nível de violência e de linguagem despudorada é muito bem-vinda. Temia-se que a sequela, numa tentativa de abrir as portas a um público mais vasto, pudesse enveredar por uma abordagem mais convencional, traindo-se a si mesma. Felizmente, tal não se verifica e é bom saber que ainda podemos encontrar filmes que têm a coragem de dar o nome de Motherfucker ao vilão de serviço. Por outro lado, Chloe Grace Moretz continua em grande e praticamente vale o preço do bilhete, carregando o filme às costas (a película ilumina-se de imediato sempre que ela entra em cena) e confirmando cada vez mais todo o seu potencial. Moretz e a sua fantástica Hit-Girl são tão marcantes que se poderia desde já pensar num spin-off desta personagem sem que isso apanhasse alguém de surpresa. Só por Moretz, “Kick-Ass 2” já vale a pena. Bom, por Moretz e por todo o conjunto de freaks que nos fazem rir às gargalhadas.
Classificação – 3 Estrelas em 5
3 Comentários
EXCELENTE FILME, MUITO BOM MESMO! SUPEROU O PRIMEIRO.
ResponderEliminarUfa, tava com medo de vocês daqui do Portal Cinema meterem a lenha nesse filme também! Enfim, concordo plenamente com essa crítica!
ResponderEliminarJosé do Sacramento
ResponderEliminarEu achei boa parte da história da hit girl boba e desnecessária, mesmo sabendo que ela de fato existe nos quadrinhos. Tava lendo alguns outros textos http://cabinecultural.com/2013/12/31/kick-ass-2-apresenta-narrativa-rasa-e-enfraquece-hit-girl/ e vi que o filme polarizou, muitos gostaram, mas muitos, como eu, ficaram bastante decepcionados com a sequência.