Com Geoffrey Rush, Emily Watson, Sophie Nélisse
Nos tempos áureos das expetativas e previsões para a época de prémios que entrou agora no seu auge, “The Book Thief” aparecia sempre como um projeto bem referenciado com potencial para discutir certos prémios interessantes, por isso é algo estranho verificar que este drama realizado por Brian Percival não passa de um melodrama barato e extremamente banal que não se destaca junto da interminável lista de filmes que também utilizaram a 2ª Guerra Mundial como pano de fundo para as suas histórias emotivas. Baseado no homónimo romance literário de Markus Zusak, “The Book Thief” transporta-nos para a 2ª Guerra Mundial e é protagonizado por Liesel Meminger (Sophie Nélisse), uma rapariga adotada que vive numa pequena cidade arredores de Munique. Para escapar ao medo da guerra e da opressão, Liesel cria um sentido para a sua vida quando começa a ler e roubar livros, que a ajudam a entrar num mundo recheado de imaginação que, para além de a ajudar a ultrapassar todos os seus problemas, também servem como distração para os seus vizinhos e para o judeu que a sua família esconde na sua cave.
O que falta a este projeto é, pelo menos, um elemento que o evidencie, porque quer o seu argumento, quer o seu elenco e componentes técnicas, são amplamente banais e, mais grave que isso, extremamente previsíveis. Ainda consigo encontrar elogios para fazer à banda sonora clássica composta por John Williams, mas mesmo esta parece ser uma repetição barata de outros trabalhos do compositor dentro do mesmo género. O mesmo pode ser dito do guião baseado no livro de Mark Zusack, que embora tenha o aspeto curioso da relação da protagonista com o poder dos livros, entorpece qualquer energia do espetador com uma trama com pouca imaginação, onde os temas mais recorrentes dizem respeito ao jovem amor inocente e ao poder da família e da amizade, ou seja, temas clichés que, ainda por cima, são tratados com pouca criatividade e emoção, não deixando por isso o elenco mostrar o seu real poder, apesar da jovem Sophie Nélisse até ter uma performance esforçada mas longe de a colocar, para já, num patamar de grande promessa, por isso temos que aguardar para ver o que fará a seguir. O experiente Geoffrey Rush também aparece em grande destaque em “The Book Thief”, mas confesso que o seu desempenho não me inspirou grande confiança positiva. Pode portanto esquecer as boas previsões que apontavam “The Book Thief” como um potencial candidato aos principais Óscares, porque se fosse hoje, este mediano projeto relativamente infantil mas imensamente melodramático da autoria nunca chegaria à lista de previsões, quanto mais aos grandes prémios propriamente ditos, no entanto, convém informar que “The Book Thief” estará presente na corrida aos Óscares, mas apenas na categoria de Melhor Banda Sonora.
Classificação – 2 Estrelas em 5
3 Comentários
2/5 pontos, a sério?
ResponderEliminareu odiei essa critica sobre esse filme , esse e o melhor filme que eu ja vi sobre a 2 guerra mundial , e o melhor filme !!!!!
ResponderEliminarTemos de aceitar as criticas, é certo.
ResponderEliminarE para quem leu o livro, o filme perde a "magia", mas no geral é quase sempre assim.
Agora é exagerada a critica que lhe fazem, ao ponto de darem a entender que pouco perceberam do filme, principalmente os pormenores do filme.