Crítica - The Possession of Michael King (2014)

Realizado por David Jung 
Com Cara Pifko, Cullen Douglas, Ella Anderson

Há inúmeros exemplos de longas metragens pobremente aproveitadas e sem qualquer noção ou sentido de entretenimento e ritmo que funcionariam muito melhor como curtas metragens, já que este formato, por vezes tão negligenciado, obriga desde logo os responsáveis pelo projeto em questão a não se perderem tanto e a irem diretamente ao ponto central da questão sem rodeios e com o máximo de aproveitamento possível, algo que não acontece, por exemplo, neste mediano "The Possession of Michael King", mais uma longa metragem dispensável que, quem sabe, poderia ter tido mais sucesso como uma produção de menor dimensão temporal mas maior aproveitamento da ação. 
Estamos perante mais um daqueles filmes de possessões demoníacas que, aparentemente, gostaria de aproveitar a onda de popularidade de "Paranormal Activity" para singrar nas bilheteiras, mas tal não aconteceu porque, em primeiro lugar, "The Possession of Michael King", não tem aquela aura comercial desse popular blockbuster e, segundo, porque é infinitamente mais apático que essa obra. Por muito que não se aprecie o franchise cinematográfico "Paranormal Activity" há que reconhecer os méritos das suas primeiras entregas que, de certa forma, capitalizaram novamente o género cinematográfico do terror sobrenatural e das respetivas possessões demoníacas. Tal género tão popular nos dias que correm não é nada capitalizado nesta produção indie que até começa bem mas acaba por ter um desenvolvimento sem qualquer vislumbre de tensão porque, lá está, todo o filme afunda-se num clima de tédio que deriva de um ritmo demasiado lento e sem qualquer noção de suspense ou primor sobrenatural que, infelizmente, apenas dá origem a um filme mole e sem rasgos de terror ou entretenimento. É por isso que no formato de curta, "The Possession of Michael King" poderia ter tido mais sorte e sucesso. O seu início até parece augurar algo de positivo, mas graças a muitas indecisões e clichés todo o seu potencial inicial perde-se no tempo e no desenvolvimento de uma intriga que poderia ser facilmente desenvolvida com a pujança esperada em vinte minutos repletos de mistério e dúvida. 
Tal não sucede e o resultado final são oitenta minutos que retratam uma história já muito familiar que, neste caso concreto, tem como principal intérprete o fraquinho ator Shane Mikael Johnson, que tal como o nome do filme indica dá vida ao realizador de documentários Michael King que, após ter sido ateu toda a vida, acaba por descobrir o reino sobrenatural e divino quando a sua mulher morre de forma inesperada.

Classificação - 1,5 Estrelas em 5

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