Crítica - Ted 2 (2015)

Realizado por Seth MacFarlane 
Com Mark Wahlberg, Amanda Seyfried, Seth MacFarlane 

Há filmes que são tão únicos e tão curiosos que, por muito sucesso que tenham, nunca deveriam ter sequelas, complementos ou acompanhamentos de qualquer género que possam denegrir o sucesso do filme original com a repetição de uma fórmula que só foi idealizada para funcionar uma vez, mas por vezes a sede por lucros dá origem a projetos dispensáveis como este "Ted 2", a sequela dispensável do divertidíssimo "Ted" (2012). Embora a linha editorial desta sequela seja semelhante à do filme original, não é possível retirar de "Ted 2" o mesmo nível de diversão, diferença e novidade do seu antecessor. O efeito surpresa que acompanhou "Ted" já não existe em "Ted 2", ou seja, aquela curiosa mistura de sucesso entre um surpreendente humor lascivo com as peculiaridades ternurentas de uma intriga inesperada que tão bem marcou pela positiva o primeiro filme já não marca presença nesta sequela, onde o humor continua lascivo mas sem qualquer piada, surpresa ou inteligência à mistura e onde o argumento que nos apresenta não tem qualquer espécie de doçura, qualidade ou emoção que possa atenuar ou pelo menos rivalizar com um humor mais áspero e complexo de digerir.


Nesta sequela, Ted, o problemático ursinho de peluche do primeiro filme, decidiu casar com a sua namorada Tami-Lynn e está pronto a constituir família e ter filhos. O problema é que o Governo não o deixa adotar qualquer criança até provar em tribunal que é qualificado para ser pai e, acima de tudo, que é mesmo uma pessoa e não um mero urso de peluche que sabe falar. Esta premissa parece ter potencial, mas a magia e a surpresa do primeiro filme não têm qualquer eco nesta sequela que, infelizmente, tem poucos momentos de verdadeira piada no seio de uma história muito seca em tudo menos na lascividade de um humor muito peculiar que, apesar de ter resultado no primeiro filme, já não funciona com o mesmo impacto nesta continuação. O problema não reside propriamente nos excessos deste humor particular, mas sim na ausência de contexto mais humano e emocional que o deveria acompanhar no seio de um argumento nada curioso ou atento ao equilíbrio, já que o primeiro filme contrabalançava habilmente os momentos de humor mais adulto com momentos de emoção e suavidade, mas esse equilíbrio tão necessário para este género de filmes ter sucesso não existe nesta sequela que, simplesmente, aposta numa história muito vazia que não ajuda assim a suavizar um humor forte que pode até ter piada de forma espaçada, mas que acaba por ter muito menos impacto que aquele que abrilhantou o primeiro filme. É visível que Seth MacFarlane falhou, talvez porque pensou que "Ted 2" aguentaria uma dose de humor mais próxima à animação televisiva "Family Guy", mas esqueceu-se que há parâmetros de equilíbrio diferentes entre a televisão e o cinema e com isso acabou por pesar nesta sequela e manchar assim a imagem tão positiva que MacFarlane tinha deixado com "Ted" que, para todos os efeitos e apesar do seu humor forte, aparece ainda hoje como um bom exemplo de uma comédia engraçada e extravagante, algo que já não se pode aplicar a este seu fraquinho sucessor.

Classificação - 2 Estrelas em 5

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1 Comentários

  1. Qué irreverente pero al final es divertida no se puede negar. Ted no es de las películas que necesitan grandes análisis ya que es una historia simple que busca hacer reír y punto. Entretenimiento y muchas risas con humor ácido a partes iguales, para disfrutarla con los amigos en un ambiente relajado. La película Ted 2 es divertida, arrogante, irreverente, lo que a muchos ha matado de risa con ese humor tan ácido y negro que lo ha caracterizado desde la primera entrega. Hayas visto o no la primera parte de las aventuras de este peculiar oso, es casi seguro que disfrutarás esta segunda entrega.

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