Realizado por Gary Ross
Com Matthew McConaughey, Keri Russell, Gugu Mbatha-Raw
A história real que "Free State of Jones" aborda é poderosa, inspiradora e corajosa. As potencialidades para a mesma render um drama épico eram portanto enormes, mas infelizmente varias coisas falharam neste projeto de Gary Ross e, por isso, o resultado final desilude bastante. Perante tudo aquilo que poderia ser ou ter sido, "Free State of Jones" não deixa, desta forma, de nos transmitir a ideia de uma oportunidade perdida. Posto isto convém, ainda assim, realçar que, apesar de certos defeitos crassos ao nível da construção e desenvolvimento do seu enredo, "Free State of Jones" não deixa de ter pontos minimamente curiosos do ponto de vista histórico, sendo também certo que conta com mais uma boa performance de Matthew McConaughey,
Esta obra dramática/biográfica/bélica narra portanto a história real do desafiante soldado/lavrador Newt Knight e da sua extraordinária revolução armada contra a Confederação durante a Guerra Civil Americana. Farto das injustiças dos políticos locais e das vantagens dos mais ricos, Knight decidiu criar alianças junto a outros pequenos agricultores e a escravos negros locais para, em conjunto, promover uma revolta que levou à independência do Município de Jones no Mississippi, criando assim o Estado Livre de Jones.
Esta imponente e surpreendente história verídica acabou por não ser portanto adequadamente transposta para o grande ecrã. No fundo, "Free State of Jones" não lhe faz justiça porque não a soube rentabilizar. E tal se deve a uma estrutura narrativa desequilibrada e pouco explícita que não se consegue focar adequadamente nos principais pontos da história, ou seja, nos seus retratos bélicos e humanos. No plano bélico, "Free State of Jones" apresenta-nos um retrato diminuto que não exterioriza adequadamente a violência do conflito, o seu impacto na população local e, claro está, a destreza dos rebeldes. Já num plano humano, "Free State of Jones" destaca-se pela relativa leviandade como explora a dinâmica social daqueles tempos e dos próprios protagonistas. É certo que reforça as questões das injustiças e desigualdades sociais e raciais da época, chegando mesmo a abordá-las num plano mais futurista por via de flashforwards, mas ainda assim raramente vai ao fundo da questão em qualquer uma delas.
Não se compreende assim o imponente desnorte que afecta toda a jornada real do protagonista. É porque para além desta não nos ser apresentada de forma muito objetiva ou explícita, também não nos consegue apresentar um conteúdo que esteja de acordo com as potencialidades da história real. É pena que assim seja, mas o conteúdo e o próprio ritmo desta obra realmente não correspondem ao seu enorme potencial. É certo que se pode culpar Gary Ross por não ter centralizado as principais questões deste projeto, mas "Free State of Jones" falha essencialmente por culpa de um argumento confuso e desnorteado que tentou atingir muitos objetivos, mas que acaba por contar pouco e por não honrar a história real que explora.
Esta obra dramática/biográfica/bélica narra portanto a história real do desafiante soldado/lavrador Newt Knight e da sua extraordinária revolução armada contra a Confederação durante a Guerra Civil Americana. Farto das injustiças dos políticos locais e das vantagens dos mais ricos, Knight decidiu criar alianças junto a outros pequenos agricultores e a escravos negros locais para, em conjunto, promover uma revolta que levou à independência do Município de Jones no Mississippi, criando assim o Estado Livre de Jones.
Esta imponente e surpreendente história verídica acabou por não ser portanto adequadamente transposta para o grande ecrã. No fundo, "Free State of Jones" não lhe faz justiça porque não a soube rentabilizar. E tal se deve a uma estrutura narrativa desequilibrada e pouco explícita que não se consegue focar adequadamente nos principais pontos da história, ou seja, nos seus retratos bélicos e humanos. No plano bélico, "Free State of Jones" apresenta-nos um retrato diminuto que não exterioriza adequadamente a violência do conflito, o seu impacto na população local e, claro está, a destreza dos rebeldes. Já num plano humano, "Free State of Jones" destaca-se pela relativa leviandade como explora a dinâmica social daqueles tempos e dos próprios protagonistas. É certo que reforça as questões das injustiças e desigualdades sociais e raciais da época, chegando mesmo a abordá-las num plano mais futurista por via de flashforwards, mas ainda assim raramente vai ao fundo da questão em qualquer uma delas.
Não se compreende assim o imponente desnorte que afecta toda a jornada real do protagonista. É porque para além desta não nos ser apresentada de forma muito objetiva ou explícita, também não nos consegue apresentar um conteúdo que esteja de acordo com as potencialidades da história real. É pena que assim seja, mas o conteúdo e o próprio ritmo desta obra realmente não correspondem ao seu enorme potencial. É certo que se pode culpar Gary Ross por não ter centralizado as principais questões deste projeto, mas "Free State of Jones" falha essencialmente por culpa de um argumento confuso e desnorteado que tentou atingir muitos objetivos, mas que acaba por contar pouco e por não honrar a história real que explora.
Classificação - 2,5 Estrelas em 5
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