Crítica - The Conjuring 2 (2016)

Realizado por James Wan
Com Vera Farmiga, Patrick Wilson

Uma nota positiva para começar, “The Conjuring 2” é uma exceção à regra que nos diz que uma sequela de um competente filme de terror está destinada ao fracasso. Embora não seja uma magistral obra do género, “The Conjuring 2” mantém a linha positiva e competente do seu antecessor, aliás no que toca aos níveis de tensão, ritmo e medo ambas as obras estão na mesma linha o que é, desde logo, muito positivo.
Tal como no primeiro filme seguimos mais uma investigação paranormal do reputado casal de investigadores de fenómenos sobrenaturais formado por Ed e Lorraine Warren, aqui novamente interpretados com hábil destreza por Patrick Wilson e Vera Farmiga. Os dois viajam  até Enfield, no Reino Unido, para ajudarei uma mãe solteira a criar quatro crianças numa casa assombrada por espíritos maliciosos.


É nesta casa assombrada que Ed e Lorraine dão de caras com um espírito maligno mais extravagante, curioso e competente que o do primeiro filme. O grande defeito de "The Conjuring 2" em relação ao primeiro filme não está portanto na força do vilão ou na sua história macabra, mas sim na forma como este interage com o casal de protagonistas. No primeiro filme há uma maior dose de suspense a rodear a sua trama. É claro que o tão indispensável efeito surpresa ajudou numa maior escala o primeiro capítulo, mas ainda assim nota-se que nesta sequela existe sempre uma maior previibilidade sobre tudo. É claro que isto reduz significativamente o nível de suspense e surpresa, assim como o impacto junto do espectador, especialmente o fã mais aguerrido de filmes de terror. O primeiro filme denota também um maior grau de competência nas sequências de terror. É certo que em ambos os casos estas apresentam um nível acima da média, mas quem viu os dois certamente que saltará mais da cadeira com os momentos de tensão do primeiro filme. 
Embora seja relativamente inferior ao seu popular antecessor, "The Conjuring 2" superou ainda assim as expectativas e apresenta-se ao público como um competente filme de terror/ fantasmas, Esta obra supera, por exemplo, o vulgar "Annabelle", a spin-off da saga "The Conjuring" da qual se esperava muito mais. Neste capítulo, "The Conjuring 2" consegue devolver o brilho a uma saga que quase a perdeu com uma péssima aposta. E fá-lo com um estilo muito competente e uma história capaz de assustar, provocar e aliciar o espectador, embora não seja propriamente um exemplo brilhante ou infalível do género que representa.

Classificação - 3 Estrelas em 5

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