Crítica - The Breadwinner (2017)

Realizado por Nora Twomey

Os mesmos criadores dos belos filmes de animação “The Secret of Kells” e “The Song of The Sea” voltam a triunfar, desta vez com a animação dramática e humanitária “The Breadwinner”. Produzido pela atriz Angelina Jolie e animado pela sublime e talentosa equipa da Cartoon Saloon, “The Breadwinner” é uma pérola da animação e um dos melhores produtos do género de 2017.
Bem diferente das animações comerciais de Hollywood, “Breadwinner” explora a história de Parvana (Saara Chaudry), uma jovem que vive num Afeganistão governado pelas forças Talibã. Quando o seu pai é preso de maneira injusta, Parvama tem de se disfarçar como um menino para trabalhar e garantir o sustento da sua família. É um filme com uma poderosa lição moral e humanitária que merece reconhecimento. Afinal de contas são poucos os filmes de animação Ocidentais que exploram histórias que abordam problemas tão graves como a repressão humana, política, sexual e social, o terrorismo, a pobreza ou a instabilidade política. Todos estes temas são explorados com enorme aptidão e qualidade por esta bela obra que, com uma enorme profundidade, toca o lado mais Humano e Sensível do espectador.
Embora seja uma animação que, por tudo o que representa, pode ser visto por crianças um pouco mais velhas, “The Breadwinner” é na sua essência um filme muito adulto. Embora o trabalho de animação da Cartoon Saloon seja espetacular, aquilo que realmente sobressai é a sua magnífica narrativa que não tem medo de educar o espectador e mostrar aquilo que o mundo realmente é! 

Classificação - 4,5 Estrelas em 5

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