Crítica - Ma (2020)

Realizado por Tate Taylor

Com Octavia Spence, Luke Evans


Chama-se "Ma" e está já disponível no catálogo da Netflix, isto após ter falhado as salas de cinema. Não se pode saber ao certo se foi por culpa da pandemia ou da sua peculiaridade temática, mas o que é certo é que "Ma" não teve grandes oportunidades nos cinemas, não só em Portugal, mas também no resto da Europa. Embora injusto este facto não inferioriza a sua qualidade que, agora, pode ser devidamente apreciada na plataforma de streaming. 

A história de como "Ma" nasceu é muito interessante e ajuda a explicar a sua dinâmica. O realizador Tate Taylor e a atriz Octavia Spencer são amigos há já vários anos, tendo colaborado em obras como "The Help". Os dois sempre sentiram o desejo de fazerem algo de diferente nas suas carreiras e foi o casamento destas intenções que levou à produção de "Ma". Com o apoio da Blumhouse, Taylor pegou num projeto que ele consideraria ser o desafio que precisava e o caminho ideal para alcançar o seu objetivo de criar algo excêntrico. Para dar vida à sua ideia, Taylor acabou por chamar Spencer que nutria o desejo de se afastar dos dramas e das comédias para participar num filme diferenciado onde pudesse interpretar uma personagem diferente das que ela geralmente interpreta.

Estava encontrado o casamento perfeito e, claro, o resultado só poderia ser muito positivo. Octavia Spencer brilha na sua interpretação de uma mulher que, após comprar álcool a um grupo de adolescentes, acaba por travar amizade com os mesmos e chega mesmo a disponibilizar a sua cave para que este se divertirem. Esta sua hospitalidade não é um ato de generosidade, mas sim um subterfúgio que esconde uma caliginosa obsessão e um claro desejo de vingança. Ao lado de Spencer está também um elenco de luxo, onde se inclui Juliette Lewis, Diana Silvers, Corey Fogelmanis e Luke Evans. Mas é a capacidade camaleónica de Spencer aliada à singular visão que dá azo a um projeto de grande qualidade no seio de terror que prima pela diferença e pela sua capacidade de surpreender. 


Classificação - 3,5 Estrelas em 5


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