Pérolas Indie - Celeste and Jesse Forever (2012)


Realizado por Lee Toland Krieger
Com Andy Samberg, Elijah Wood, Rashida Jones, Emma Roberts
Género - Comédia Romântica

Sinopse - Celeste e Jesse (Rashida Jones e Andy Samberg) conheceram-se na escola, casaram-se cedo e agora estão cada vez mais distantes um do outro. Com trinta anos, Celeste é a decidida proprietária de uma empresa de consultoria de media, Jesse está novamente desempregado e sem pressa para fazer qualquer coisa da vida. Celeste está convencida que a melhor coisa a fazer é divorciar-se de Jesse, porque ela está no auge da sua vida, e ele está sem qualquer rumo, e se decidirem avançar já com o divórcio pelo menos podem continuar bons amigos. Jesse aceita passivamente essa transição para a amizade, apesar de ainda estar apaixonado por Celeste. Mas à medida que a separação se vai tornando uma realidade, Celeste apercebe-se que foi o elemento dominador na relação, e sente que a sua decisão de se separar, que antes lhe parecia madura e sensata, foi antes impulsiva e egoísta. Mas o momento desta descoberta é tudo menos fortuito. Durante as mudanças turbulentas que vão ocorrendo nas suas vidas e nos seus corações, Celeste e Jesse acabam por descobrir que, para amar alguém verdadeiramente, podemos ter de deixar essa pessoa partir.

Crítica – A Primavera chegou e trouxe com ela a estreia nacional deste agradável “Celeste and Jesse Forever”, uma comédia romântica muito interessante, mas não necessariamente hilariante, onde Rashida Jones dá um espetáculo tremendo no papel da divertida e confusa protagonista (Celeste), provando, mais uma vez, que é uma das jovens atrizes emergentes a ter em conta no campo humorístico. O filme, propriamente dito, não é um produto de excelência narrativa, mas inclui, ainda assim, vários momentos cómicos muito curiosos, que se mesclam muito bem com o drama que acompanha a crise conjugal que afeta um adorável ex-casal (Jesse e Celeste) que, contra o seu próprio bom senso e os prudentes conselhos dos seus amigos, decidiram manter viva a sua poderosa amizade de infância, apesar de estarem em pleno processo de divórcio. O filme foca grande parte da sua atenção nas dúvidas e hesitações de Celeste, uma mulher determinada que, após dar início ao processo de divórcio, apercebe-se que Jesse ainda pode ser o homem da sua vida. Este pensamento é reforçado pelos péssimos encontros românticos que vai tendo com homens que não têm nada a ver com ela, mas também pela crescente enxurrada de sentimentos contraditórios que derivam da persistente ausência do seu ex-marido, mas, quando finalmente se apercebe que ainda não o esqueceu, descobre que este já seguiu com a sua vida e que até já tem uma nova e deslumbrante namorada. Este longo processo de aceitação e hesitação por parte da protagonista é pautado por muitas reviravoltas e acidentes de percurso que conseguem acrescentar um pouco de drama ou humor à história que, para além de estar muito bem organizada e de conseguir exteriorizar adequadamente os sentimentos e intenções dos protagonistas, consegue ainda deixar-nos sempre na dúvida em relação ao desfecho da situação do casal que, apesar de vários avanços e recuos dramáticos, acaba por dar de caras com um final anti-climático mas extremamente realista. Eu admito que gostei bastante desta leve e bem-humorada produção de Lee Toland Krieger, que acaba por se destacar como o filme ideal para quem queria ver uma comédia simples mas muito completa. 

 Classificação - 3,5 Estrelas em 5

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