Pérolas Indie - Stories We Tell (2012)

Realizado por Sarah Poley 
Com Rebecca Jenkins, Peter Evans, Alex Hatz 
Género - Documentário/ Drama 

Sinopse – Sarah Polley tem uma família (quase) normal. E, assim como todas as famílias, a dela tem um segredo. Quando Sarah o descobre decide começar a procurar a verdade. Mas será a verdade digna de confiança? Serão os seus pais actores como ela? E os irmãos e irmãs? Os amigos? Polley brinca aos detectives com uma ironia natural e desarmante. Na fronteira de vários géneros cinematográficos, é um trabalho que mistura memórias pessoais com ficção, mistérios e revelações.

Crítica – Quem diria que um pequeno documentário familiar realizado por uma jovem atriz canadiana iria se tornar numa das pérolas indies mais penetrantes de 2013? Esta surpresa já se começou a desenhar no Festival de Sundance 2013, onde “Stories We Tell” estreou, tendo recebido de imediato várias criticas positivas e encorajadoras às quais se juntaram, desde então, muitas outras opiniões francamente positivas que têm contribuído para ajudar à divulgação global deste doce e belo projeto, que também já conta com um forte apoio promocional para chegar aos Óscares 2014, nem que seja ao Óscar de Melhor Documentário, cuja nomeação parece estar já mais que amarrada. E qual é a razão de todo este alvoroço? É preciso ver para apreciar a beleza íntima de “Stories We Tell”, que retrata as histórias, boas e más, de uma típica família canadiana sob a perspectiva de vários membros familiares e conhecidos da família, que fizeram questão de dar o seu pequeno contributo pessoal a este projeto através de múltiplos relatos sobe alguns aspetos da rica e curiosa história da Família Poley, que tinha como principal figura a energética mãe, Diane, que deixou esta família um pouco mais pobre quando morreu vítima de cancro. Foi só após a sua morte que a sua filha Sarah descobriu um importante segredo que mudou para sempre a sua vida e a da sua família. A primeira parte de “Stories We Tell” foca-se apenas na memória da mãe e na recuperação dos bons momentos que todos os intervenientes passaram em família, já a segunda parte dedica-se a acompanhar o desvendar do grande mistério familiar e a forma pessoal como todos os envolvidos lidaram com este tópico delicado, que de certa forma até conseguiu unir ainda mais esta família, cuja enorme simplicidade e compaixão é amplamente retratada por esta obra documental bastante íntima e tocante, que dificilmente deixará o público indiferente, já que se trata de um projeto verdadeiro e muito natural com um espírito bastante agradável e doce, que é fabulosamente reforçado pela forma inteligente e competente como Sarah Poley decidiu expor todas as histórias que nos são transmitidas, de forma tão criativa, via entrevistas e flashbacks fictícios ou reais.

Classificação - 4 Estrelas em 5

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