Os Maiores Fracassos Comerciais de 2013


Vamos por momentos ignorar a qualidade dos filmes, as críticas positivas que receberam por parte da imprensa ou os prémios que conquistaram, e vamos focar-nos apenas na questão comercial do cinema, que afinal de contas é aquilo que alimenta e move a indústria, seja ela americana ou internacional. Este ano passaram pelas salas de cinema nacionais e internacionais vários filmes de sucesso, mas também vários insucessos comerciais. É precisamente sobre estes que importa falar agora, já que o ano está a acabar e os estúdios já estão a fazer o balanço fiscal de final de ano, e certamente que terão que contabilizar o enorme prejuízo que tiveram com certos e determinados filmes, que apesar de terem custado uma pequena fortuna aos seus cofres, acabaram por ter um desempenho bastante fraquinho nas bilheteiras, que em alguns casos materializou-se até em avultados prejuízos. 

O fracasso mais mediático do ano foi, claramente, o western “The Lone Ranger”/ “O Mascarilha” da Walt Disney Pictures. Este novo trabalho de Gore Verbinski, o realizador de “Piratas das Caraíbas”, não teve sorte ou sucesso em nenhum mercado. Os seus resultados ficaram muito aquém das expetativas do estúdio, e acabaram por ficar na fronteira do prejuízo, já que o filme custou duzentos e cinquenta milhões de dólares (sem contar com as despesas inerentes ao marketing), tendo arrecadado pouco mais que esse montante nas bilheteiras em todo o mundo. O outro grande prejuízo do ano parece ter sido o thriller “The Fifth Estate”/ “O Quinto Poder”, que embora tenha na base do seu guião uma história verídica bastante polémica, não conseguiu convencer os espetadores, já que nos Estados Unidos, “O Quinto Poder” só arrecadou cerca de quatro milhões de dólares nas bilheteiras, não tendo também conseguido grandes valores na Europa. O que vale é que só custou vinte milhões de dólares à Touchstone Pictures, que ainda assim teve prejuízo com este filme. Os filmes de ação “Bala Certeira”/ “Bullet To The Head”, com Sylvester Stallone, e “Parker” com Jason Statham, também não tiveram muita sorte nas bilheteiras. Os dois filmes falharam redondamente as expetativas dos seus respetivos estúdios, e "Bala Certeira" acabou mesmo por apenas recuperar metade do seu avultado orçamento nas bilheteiras mundiais. 

O thriller “Paranoia”, de Robert Luketic, também foi um dos maiores fracassos nas bilheteiras norte-americanas e nacionais. O seu elenco de luxo formado por estrelas como Liam Hemsworth, Amber Heard, Harrison Ford e Gary Oldman, não evitou o seu colossal fracasso, que representou um prejuízo de cerca de vinte milhões de dólares, perante o seu orçamento de trinta e cinco milhões de dólares. A par de “O Mascarilha”, o maior perdedor do ano parece ter sido o filme "R.I.P.D: Agentes do Outro Mundo” da Universal Pictures, que com um orçamento total de cento e trinta milhões de dólares, acabou apenas por arrecadar oitenta milhões em todo o mundo, ou seja, um número bastante fraco para um blockbuster que a Universal pretendia transformar num franchise de sucesso, algo que claramente não irá acontecer. Há também que contabilizar um dos últimos fracassos do ano, ou seja, o remake americano de "Oldboy", que segundo  os seus primeiros resultados financeiros, aparenta tornar-se num fracasso bem ao nível de todos os filmes desta lista, tal como o pseudo-épico samurai "47 Ronin", que se juntará a "R.I.P.D" como um dos principais fracassos financeiros da Universal Pictures em 2013.

Já em Portugal há que destacar certos falhanços curiosos. Para além de todos os filmes supracitados, que em Portugal também não conseguiram triunfar no box-office, há que destacar os surpreendentes falhanços de “Pacific Rim”/ “Batalha do Pacífico”, “Criaturas Maravilhosas”/ “Beautiful Creatures", “Instrumentos Mortais: A Cidade dos Ossos”/ “The Mortal Instruments: City of Bones” e “Nómada”/“The Host”, que apesar de serem considerados blockbusters e de terem passado por muitas salas, acabaram por ter uma passagem muito discreta e pouco concorrida pelas salas de cinema portuguesas, se bem que nos Estados Unidos da América e na Europa, nenhuma destas produções também conquistou o estatuto de êxito consagrado. Já as apostas comerciais portuguesas “Quarta Divisão” e “RPG” foram, claramente, os principais desastres comerciais do ano dentro da nossa pequena indústria nacional.

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