Crítica - The Last Witch Hunter (2015)

Realizado por Breck Eisner
Com Vin Diesel, Elijah Wood, Rose Leslie 

Há produções de Hollywood que não enganam nem disfarçam a sua qualidade. Se há uns que não iludem pela positiva há outros que seguem o caminho oposto, como é o caso de "The Last Witch Hunter". Antes da sua estreia já todos tinham fortes suspeitas que esta obra de ação e fantasia ia ser um fracasso a todos os níveis. A qualidade dúbia dos seus materiais de promoção, a clara ausência de imaginação da sua premissa ou a composição de um elenco desequilibrado já faziam adivinhar o pior. Tais suspeitas negativas confirmam-se nas suas primeiras sequências que evidenciam de imediato que não estamos perante um projeto divertido, mas sim perante um flop de proporções consideráveis que apenas vive às custas de sequências de ação tão vazias como a sua premissa.
E tal premissa diz-nos que "The Last Witch Hunter" é a história de Kaulder, um caçador de bruxas que foi amaldiçoado com o peso da imortalidade por uma Rainha Bruxa que matou na Antiguidade. Nos tempos modernos, Kaulder é confrontado com a ressurreição da Rainha Bruxa e, uma vez mais, terá de a derrotar, mas desta vez contará com a assistência de curiosos aliados. 


Tal como se depreende por este insípido resumo de um filme já de si insípido, "The Last Witch Hunter" não promove nenhuma novidade junto do género de filmes de ação com bruxas e fantasia. Uma vez mais somos presentados com a jornada mágica de um herói durão que tem que enfrentar um poderoso inimigo do seu passado mas, desta vez, com a preciosa assistência de personagens dispares que ajudam a suavizar e humanizar o herói. Se o seu desenvolvimento é previsível o mesmo pode ser dita sobre a sua conclusão que nunca levanta dúvida, tal é a falta de suspense e surpresas desta obra que nem a tentativa de um twist considerável apresenta pelo meio.
A um argumento seco e já muito visto junta-se um elenco desequilibrado. O papel de Kaulder é desempenhado por Vin Diesel com a mediocridade que lhe é reconhecida neste género. A sua prestação é aceitável nas sequências de ação, mas em tudo o resto puxa para baixo um filme já de si repleto de fragilidade muito próprias. As performances e presenças de Elijah Wood e Rose Leslie também não devem muito à qualidade ou à surpresa, limitando-se à simplicidade que advêm das suas respetivas personagens. A surpresa mais negativa deste elenco reside na presença do veterano Michael Caine. Este não é um filme apropriado para a sua postura, mas ainda assim alguém o convenceu a participar nesta obra e, em conjunto com a sua personagem deficitária, a sua performance acaba por ser uma das mais sofríveis da sua carreira mais recente. É pena mas esta é mais uma das consequências negativas desta pobre obra que não diverte nem entusiasma. A sua única tábua de salvação são as suas sequências de ação que, pese embora não serem extraordinárias, conseguem animar um pouco o espectador e dar aos fãs deste género uma diminuta satisfação que, para mim, tem que ser encarada como demasiado diminuta. 

Classificação - 1 Estrela em 5

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