Crítica - Phantom Thread (2017)

Realizado por Paul Thomas Anderson
Com Daniel Day-Lewis, Lesley Manville, Vicky Krieps

Em 2017, Daniel Day-Lewis anunciou que "Phantom Thread" seria o seu último filme. Este famoso ator britânico ganhou o Óscar de Melhor Ator por três ocasiões graças aos seus talentosos e sublimes papéis em "There Will Be Blood", "Lincoln" e "My Left Foot: The Story of Christy Brown". No dia 4 de Março de 2018 poderá até ganhar o seu quarto Óscar de Melhor Ator Principal, já que é um dos cinco nomeados na categoria. Seria uma despedida em cheio e, verdade seja dita, a sua sublime performance neste drama seria digna de tal honra, mas já se sabe que a concorrência é muito forte. 



Em "Phantom Thread", Day-Lewis dá vida a Reynolds Woodcock, um designer responsável pelas criações de moda mais distintas do pós-guerra, vestindo realeza, estrelas de cinema, herdeiras, socialites e damas com o estilo d’A Casa de Woodcock. Reynolds Woodcock e a sua irmã Cyril estão no centro gravitacional das elites. As mulheres entram e saem da vida de Reynolds em rodopio, providenciando-lhe inspiração e companhia, até ao dia em que que ele se cruza com Alma, uma jovem e perseverante mulher que rapidamente se torna uma fixação na sua vida, como musa e amante. Com uma vida até então muito planeada e controlada, Reynolds sucumbe e vê agora a sua vida despedaçada pelo amor.



Esta é uma história de amor, moda, elegância, drama e perda que é uma maravilha de assistir. O desempenho de Day-Lewis é surpreendente e prova que estamos mesmo perante um dos principais atores da sua geração. Será complicado superar o seu colega britânico Gary Oldman na corrida ao Óscar, mas pelo menos os merecidos elogios já ninguém lhe tira.
Day-Lewis interpreta a sua personagem com método, elegância e brilho e, por isso, ajuda a transformar este admirável drama num dos filmes mais célebres e etéreos de 2017! O resto do elenco também tem papéis poderosos, nomeadamente as atrizes Lesley Manville e Vicky Krieps.



Como esperado, a moda desempenha um papel importante no seio do enredo de "Phantom Thread". Não é um filme sobre moda, mas esta indústria é de extrema importância para a narrativa e fornece alguns dos detalhes mais elegantes e luxuosos. O guarda-roupa do filme, por exemplo, é espetacular e representa totalmente a era da década de 1950. As impressionantes imagens que representam o processo criativo da personagem principal e as maravilhosas sequências que representam a criação do vestido são impressionantes. Para além de um belo Guarda Roupa, "Phantom Thread" conta ainda com um Design de Produção muito elegante que vai de encontro com a pura qualidade do filme. 
É uma obra clara e concreta do talentoso realizador Paul Thomas Anderson que, graças a uma ampla visão criativa, consegue transcender os três temas principais do filme: romance, drama e moda. Este drama sobre vida, amor e tristeza pode até nem ser o Melhor Filme de 2017, mas é sem dúvida um dos melhores e um excelente palco para a despedida de Daniel Day-Lewis!

Classificação - 4 Estrelas em 5

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