Crítica - Babe (1995)

Realizado por Chris Noonan
Com James Cromwell, Magda Szubanski, Roscoe Lee Browne, Zoe Burton

O adorável “Babe” é uma comédia familiar de origem australiana que encantou pequenos e graúdos em 1995. Esta fábula obteve sete nomeações para os Óscares da Academia, incluindo uma nomeação para Melhor Filme e Melhor Realizador, mas acabou por conquistar apenas um Óscar para Melhores Efeitos Especiais, no entanto, só o facto de ter conseguido tantas nomeações para um dos mais prestigiados prémios do cinema chegou para confirmar a beleza e genialidade deste filme, que é baseado no livro homónimo de Dick King-Smith. A sua história passa-se numa bela quinta, propriedade do casal Hogget, onde vivem diversos animais de diferentes espécies. Cada um tem a sua função específica, sabendo exactamente como agir para a cumprir, contudo, certo dia, chega a quinta um novo animal que vem perturbar a paz e a funcionalidade da quinta, um porquinho (Babe) que foi ganho pelo senhor Hogget numa feira animal. Abandonado pela mãe e sem nenhum animal da sua espécie para lhe ensinar o seu lugar no mundo animal, Babe deslumbra-se com a vida que os cães pastores levam, sonhando ser como eles um dia. Com um pouco de tenacidade e ajuda dos seus amigos animais, Babe vai tentar ser aquilo que por natureza não pode ser.
“Babe” é um filme muito divertido, especialmente feito para agradar às crianças mas também pensado para agradar aos pais, no fundo o objectivo do filme é juntar a família toda para que esta possa apreciar em conjunto as aventuras de um pequeno porco que irá fazer de tudo para realizar os seus sonhos, ao mesmo tempo que se tenta adaptar a uma nova vida e a uma nova família. O filme conta com diversos momentos cómicos, muitos deles protagonizados pelo pequeno Babe, mas o argumento do filme não vive só da comédia, focando-se também em assuntos mais frágeis e dramáticos como os valores familiares. O ponto mais forte do argumento são os diálogos, estes são muito instrutivos, desenvolvendo e explicando de forma simples e eficaz os vários mini-temas que o filme desenvolve. A realização de Chris Noonan é fantástica, sendo notório o seu empenho e dedicação em todas as cenas do filme, já que todas apresentam um grau de qualidade acima da média que só poderia ter sido conseguida através de muito talento mas também de muita paixão e dedicação pelo projecto. Os efeitos especiais atribuem ao filme o toque de magia que faltava para tornar esta fábula num filme inesquecível. O seu elenco humano, composto principalmente pelos Hogget, interpretados por James Cromwell e Magda Szubanski, brinda-nos com uma excelente performance. O destaque óbvio vai para James Cromwell, o actor (humano) que mais tempo aparece no filme e que mais contribui para o seu desenvolvimento. A sua nomeação para o Óscar de Melhor Actor Secundário foi um prémio justo, mas a vitória não lhe teria ficado nada mal. Concluindo, “Babe” é um filme diferente e muito divertido, sendo por isso ideal para um bom serão familiar.

Classificação - 4 Estrelas Em 5

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