Com: Habib Boufares, Hafsia Herzi, Farida Benkhetache
.
“Le Graine et le Mulet”, “O Segredo de um Cuscus” na tradução portuguesa, do tunisino Abdel Kechiche venceu, entre outros, os prémios de Melhor Realizador, Melhor Filme Francês, Melhor Argumento Original, Melhor Jovem Actriz dos Césares Franceses. Tal sucesso criou em roda da película, como não podia deixar de ser, uma grande expectativa a qual este , em meu entender, não conseguiu satisfazer. O argumento conta a história de Slimane Beiji (Habibi Boufares), um imigrante tunisino na cidade costeira de Sète que, ao ser despedido aos sessenta e um anos do estaleiro onde trabalhara durante toda a vida, decide dar corpo ao seu sonho e com a indemnização que recebeu compra um velho barco onde pretende montar um restaurante de comida tunisina. Para tal empreendimento, apesar das dificuldades burocráticas e financeiras que enfrenta, conta com a preciosa ajuda dos seus vários filhos, da sua ex-mulher, da sua namorada e principalmente da filha desta. Para convencer as autoridades da viabilidade do seu projecto organiza um grande jantar a bordo do já recuperado barco onde seria servido o famoso cuscus da sua ex-mulher. Diversas peripécias dificultam esse jantar que acaba por ser salvo pela namorada de Slimane e a sua filha Rym (Hafsia Herzi) que, aliás, faz uma notável dança do ventre, sem dúvida alguma, o ponto mais alto da obra. No entanto para Slimane é já demasiado tarde.
Este argumento é o pretexto para se analisar de forma talvez demasiado extensa os sentimentos que unem uma comunidade de imigrantes que tenta fazer valer a sua cultura, os sonhos e os seus direitos num país estrangeiro que de certa forma é já o seu. São explorados também os afectos entre pais e filhos, homens e mulheres e também ex-mulheres, e entre amigos. No entanto, toda a obra é demasiado extensa (151 min.) para sustentar esta intriga, o ritmo é lento de um modo que não contribuí em nada para a fluidez da narrativa. Embora o final seja muito bem conseguido e cative de facto a adesão do espectador, muitas das cenas anteriores pareciam arrastar-se de forma a que só uma falta de consistência do argumento pode justificar. Hafsia Herzi é talvez a actriz mais forte deste filme sendo justíssimo o César que recebeu.
Este argumento é o pretexto para se analisar de forma talvez demasiado extensa os sentimentos que unem uma comunidade de imigrantes que tenta fazer valer a sua cultura, os sonhos e os seus direitos num país estrangeiro que de certa forma é já o seu. São explorados também os afectos entre pais e filhos, homens e mulheres e também ex-mulheres, e entre amigos. No entanto, toda a obra é demasiado extensa (151 min.) para sustentar esta intriga, o ritmo é lento de um modo que não contribuí em nada para a fluidez da narrativa. Embora o final seja muito bem conseguido e cative de facto a adesão do espectador, muitas das cenas anteriores pareciam arrastar-se de forma a que só uma falta de consistência do argumento pode justificar. Hafsia Herzi é talvez a actriz mais forte deste filme sendo justíssimo o César que recebeu.
Classificação - 3,5 Estrelas Em 5
1 Comentários
náo podes ser boa da cabeça, mulher..
ResponderEliminar