Realizado por Rob Cohen
Com Brendan Fraser, Maria Bello, Luke Ford, Jet Li
A saga “The Mummy” está de regresso às salas de cinema para mais uma misteriosa e sobrenatural aventura. Neste terceiro filme deixamos para trás o esplendor histórico do Egipto para visitarmos as zonas mais recatadas da Ásia, onde Rick O’Connel (Brendam Fraser), o seu filho Alex (Luke Ford), a sua esposa Evelyn (Maria Bello) e o seu cunhado Jonathan (John Hannah) vão enfrentar o mítico Imperador Dragão da China e o seu exército de dez mil soldados, todos eles múmias com mais de dois mil anos que foram vítimas de um feitiço lançado por uma Feiticeira Milenar (Michelle Yeoh), mas que agora voltaram à vida e planeiam conquistar o mundo.
Rob Cohen (Stealth) assume a direcção desta terceira aventura, substituindo Stephen Sommers que foi o responsável pelos dois filmes anteriores, no entanto, a saga não sofreu nenhum aumento de qualidade, mantendo-se pouco cativante e um autêntico fiasco no campo da criatividade. O argumento escrito por Alfred Gough e Milles Millar (Herbie: Fully Loaded) apresenta uma história pouco linear e cheia de lacunas no seu desenvolvimento, o que a torna bastante confusa e pouco compreensível. Um bom exemplo do que acabei de referir prende-se com a forma como as origens do Imperador Han são abordadas. Todo o background da personagem é mal construído, não fornecendo ao espectador informações importantes para compreender o trajecto que a personagem vai tomando ao longo do filme. Também os diálogos são débeis, aborrecidos e pouco informativos, sendo muitos deles completamente desnecessários.
Ao longo das duas horas de duração do filme, os momentos de acção são raros e os que existem são pobres e pouco emocionantes. As lutas são entediantes e a batalha final é pouco original, já tendo sido muito vista em filmes do género. Para um filme de aventura/acção tais falhas são imperdoáveis e incompreensíveis, já que a suposta força do filme acaba por ser uma das suas maiores fraquezas. Nos dois primeiros filmes da saga foi dada uma relativa importância à cultura e à história egípcia, já que algumas das suas lendas mais importantes foram retratadas de uma forma correcta e prática. Em "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor" a cultura e a história chinesa já não receberam o mesmo tratamento. É certo que as referências estão na sua maioria correctamente representadas, mas não foram tão bem exploradas como em filmes anteriores. A abordagem histórica desta terceira aventura é portanto mais superficial e menos exacta, o que torna a história mais pobre e despida.
Os aspectos visuais também não são deslumbrantes. Esta terceira aventura é de certa forma mais colorida que as anteriores, sendo por isso um pouco mais alegre e apelativa, no entanto, os efeitos visuais utilizados em "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor" são bastante fracos e simples quando comparados com os usados em outras obras de aventura deste ano. Muitas vezes criticam-se os realizadores por serem demasiado audaciosos na utilização de efeitos especiais/visuais, mas a verdade é que, neste caso concreto, Rob Cohen foi pouco ambicioso e não soube aproveitar o potencial criativo do CGI para dar uma nova vida à saga. Tenho também que destacar o horrível design gráfico do Abominável Homem das Neves. Eu esperava algo mais assustador e credível, afinal de contas estamos a falar de uma lenda repleta de relatos e descrições que pouco se assemelham ao boneco branco apresentado pelo filme. O seu elenco é liderado por Brendan Fraser, que volta a vestir a pele do explorador Rick O’Connell. A sua performance acompanha as dos filmes anteriores e mantém-se a um nível razoável, mas nada excelente. Maria Bello substituiu Rachel Weisz no papel de Evelyn e, sem acrescentar muito à personagem, conseguiu manter o nível da sua antecessora. Jet Li não está mal na pele do Imperador Han, o vilão da história, mas já teve num passado recente performances bem mais apelativas. Michelle Yeoh, que desempenha um papel sem grande importância, é o único membro do elenco secundário que consegue verdadeiramente deslumbrar e mostra-se ao mundo de Hollywood como uma aposta para futuro. Eu não corro risco nenhum ao afirma que "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor" não enaltece nem denigre os outros dois filmes da saga, já que mantém o mesmo nível medíocre dos seus antecessores. Os momentos de acção são escassos e os aspectos técnicos desiludem tendo em conta o que já foi apresentado em 2008, mas o pior acaba por ser o argumento pouco imaginativo e pobremente concebido que não convence ninguém. Talvez agora a saga “The Mummy” tenha o seu final definitivo, e se tal acontecer não deverá deixar muitas saudades.
Com Brendan Fraser, Maria Bello, Luke Ford, Jet Li
A saga “The Mummy” está de regresso às salas de cinema para mais uma misteriosa e sobrenatural aventura. Neste terceiro filme deixamos para trás o esplendor histórico do Egipto para visitarmos as zonas mais recatadas da Ásia, onde Rick O’Connel (Brendam Fraser), o seu filho Alex (Luke Ford), a sua esposa Evelyn (Maria Bello) e o seu cunhado Jonathan (John Hannah) vão enfrentar o mítico Imperador Dragão da China e o seu exército de dez mil soldados, todos eles múmias com mais de dois mil anos que foram vítimas de um feitiço lançado por uma Feiticeira Milenar (Michelle Yeoh), mas que agora voltaram à vida e planeiam conquistar o mundo.
Rob Cohen (Stealth) assume a direcção desta terceira aventura, substituindo Stephen Sommers que foi o responsável pelos dois filmes anteriores, no entanto, a saga não sofreu nenhum aumento de qualidade, mantendo-se pouco cativante e um autêntico fiasco no campo da criatividade. O argumento escrito por Alfred Gough e Milles Millar (Herbie: Fully Loaded) apresenta uma história pouco linear e cheia de lacunas no seu desenvolvimento, o que a torna bastante confusa e pouco compreensível. Um bom exemplo do que acabei de referir prende-se com a forma como as origens do Imperador Han são abordadas. Todo o background da personagem é mal construído, não fornecendo ao espectador informações importantes para compreender o trajecto que a personagem vai tomando ao longo do filme. Também os diálogos são débeis, aborrecidos e pouco informativos, sendo muitos deles completamente desnecessários.
Ao longo das duas horas de duração do filme, os momentos de acção são raros e os que existem são pobres e pouco emocionantes. As lutas são entediantes e a batalha final é pouco original, já tendo sido muito vista em filmes do género. Para um filme de aventura/acção tais falhas são imperdoáveis e incompreensíveis, já que a suposta força do filme acaba por ser uma das suas maiores fraquezas. Nos dois primeiros filmes da saga foi dada uma relativa importância à cultura e à história egípcia, já que algumas das suas lendas mais importantes foram retratadas de uma forma correcta e prática. Em "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor" a cultura e a história chinesa já não receberam o mesmo tratamento. É certo que as referências estão na sua maioria correctamente representadas, mas não foram tão bem exploradas como em filmes anteriores. A abordagem histórica desta terceira aventura é portanto mais superficial e menos exacta, o que torna a história mais pobre e despida.
Os aspectos visuais também não são deslumbrantes. Esta terceira aventura é de certa forma mais colorida que as anteriores, sendo por isso um pouco mais alegre e apelativa, no entanto, os efeitos visuais utilizados em "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor" são bastante fracos e simples quando comparados com os usados em outras obras de aventura deste ano. Muitas vezes criticam-se os realizadores por serem demasiado audaciosos na utilização de efeitos especiais/visuais, mas a verdade é que, neste caso concreto, Rob Cohen foi pouco ambicioso e não soube aproveitar o potencial criativo do CGI para dar uma nova vida à saga. Tenho também que destacar o horrível design gráfico do Abominável Homem das Neves. Eu esperava algo mais assustador e credível, afinal de contas estamos a falar de uma lenda repleta de relatos e descrições que pouco se assemelham ao boneco branco apresentado pelo filme. O seu elenco é liderado por Brendan Fraser, que volta a vestir a pele do explorador Rick O’Connell. A sua performance acompanha as dos filmes anteriores e mantém-se a um nível razoável, mas nada excelente. Maria Bello substituiu Rachel Weisz no papel de Evelyn e, sem acrescentar muito à personagem, conseguiu manter o nível da sua antecessora. Jet Li não está mal na pele do Imperador Han, o vilão da história, mas já teve num passado recente performances bem mais apelativas. Michelle Yeoh, que desempenha um papel sem grande importância, é o único membro do elenco secundário que consegue verdadeiramente deslumbrar e mostra-se ao mundo de Hollywood como uma aposta para futuro. Eu não corro risco nenhum ao afirma que "The Mummy: Tomb of the Dragon Emperor" não enaltece nem denigre os outros dois filmes da saga, já que mantém o mesmo nível medíocre dos seus antecessores. Os momentos de acção são escassos e os aspectos técnicos desiludem tendo em conta o que já foi apresentado em 2008, mas o pior acaba por ser o argumento pouco imaginativo e pobremente concebido que não convence ninguém. Talvez agora a saga “The Mummy” tenha o seu final definitivo, e se tal acontecer não deverá deixar muitas saudades.
Classificação - 1,5 Estrelas Em 5
2 Comentários
enquanto eu concordo que o filme foi fraco e confuso, especialmente na parte dos "yeti", discordo em chamar os outros dois filmes anteriores de medíocres. Os outros dois filmes não só tinham um diálogo bom, mas tambem eram divertidos. A cultura egípcia parecia estar muito presente e a forma de mudar no tempo durante os filmes e explicar essa mudança é muito bem feito. Também discordo que a mudança da atriz principal não fez diferença. Uma das coisas que mais senti falta no filme era a presença de Rachel Weisz que deixou a arqueóloga com um rosto marcado. No terceiro filme a Maria Belo não incorpora o modo desastrado e interessado em hstória como a atriz original dos dois primeiros, sem comentar que o sotaque forçado britanico da atriz substituta ficou muito obvio.
ResponderEliminarAntes de mais nada devo dizer que não gosto de ler críticas, esta apenas li na esperança de saber o motivo de Maria Bello ter substituido Rachel Weisz. Não gosto de mudanças de atores nas continuações de qualquer filme.
ResponderEliminarSou fã do Múmia e de seu elenco (incluindo o diretor), se eu não gostasse do filme eu não o assistiria e ponto final. Gostei do filme? Gostei. Se não tivesse gostado, não teria gostado e nada mais.
Criticar o trabalho dos outros é muito fácil e realizar o filme ou qualquer outro alvo da crítica, será que seria tão fácil?