Crítica - The Tale of Despereaux (2008)


Realizado por Sam Fell, Robert Stevenhagen
Com Emma Watson, Matthew Broderick, Dustin Hoffman, Kevin Kline

O ano de 2008 foi bastante fértil em obras de animação de qualidade. Para além do fantástico e surpreendente “Wall-E”, surgiram no panorama internacional filmes como “Bolt”, “Madagascar: Escape 2 Africa” ou “Kung Fu Panda”. Todas estas animações são de estúdios diferentes mas conseguiram captar, à sua maneira, a atenção e os elogios de diversas audiências de várias idades. Os estúdios Universal não ficaram à margem dos seus principais rivais e também lançaram a sua própria obra de animação CGI apelidada de “The Tale of Despereaux”. Trata-se de uma fábula medieval que se mostra capaz de agradar aos mais novos, mas que em termos de qualidade fica um pouco atrás dos grandes filmes de animação previamente mencionados. Este conto de fadas com heróis improváveis tem no valente Despereaux (Matthew Broderick) o seu expoente máximo. No entanto, este divertido herói é diferente de todos aqueles cavaleiros andantes que aparecem nos livros de aventura que ele adora ler, já que para além de ser minúsculo, ele é também um rato. Contudo, estes pequenos pormenores não o impedem de tentar ser um verdadeiro herói e quando a princesa Pea (Emma Watson) é raptada, Despereaux enche-se de coragem e lança-se, juntamente com o seu aliado Roscuro (Dustin Hoffman), numa demanda para resgatar a princesa e provar a todos que pode ter a coragem de um bravo cavaleiro, porque a aparência nem sempre equivale ao que se é.

 

O argumento do filme tem como base o livro homónimo de Kate DiCamillo e apresenta-nos uma história tipicamente infantil, repleta de fantasia e lições de moral simples e fáceis de entender. Esta aventura do pequeno ratinho Despereaux agradará facilmente aos espectadores mais novos, graças às suas personagens divertidas e à sua empolgante história, no entanto, o restante espectro etário da audiência que geralmente procura uma obra com mais consistência, não irá gostar muito deste filme que aposta essencialmente numa simples narrativa de fantasia. A animação CGI desta obra da Universal é claramente inferior à apresentada pelos grandes blockbusters animados de 2008. As personagens e os cenários até estão bem construídos, mas ao contrário das grandes obras animadas do ano, não apresentam uma qualidade gráfica extremamente detalhada nem uma sensação de movimento realista. O elenco vocal que, na minha opinião, foi muito bem seleccionado, cumpre na perfeição a sua função. Matthew Broderick empresta brilhantemente a sua voz e carisma ao pequeno ratinho Despereaux, já a jovem Emma Watson, liberta-se um bocado da sua personagem de Harry Potter para incutir um pouco da sua personalidade à princesa Pia. É obvio que este modesto “The Tale of Despereaux” nunca teve argumentos para rivalizar economicamente e qualitativamente com as grandes obras animadas de 2008, no entanto não deixa de ser uma boa proposta para os mais novos e para os pais, que procurem oferecer aos seus filhos uma experiência cinematográfica mais calma e mais idealista.

Classificação - 3 Estrelas Em 5

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