Crítica - Bambi (1942)


Realizado por David Hand
Com Hardie Albright, Stan Alexander

A magia intemporal de “Bambi” conquistou os corações de milhões de espectadores em todo o mundo e, ainda hoje, consegue cativar a atenção das novas gerações que, apesar da animação clássica e da história dramática, são completamente absorvidos pela simplicidade desta fantástica fábula da Disney, que cativou pela primeira vez os corações dos espetadores em 1942. Este sexagenário filme já assegurou há muito tempo um lugar cativo na história do cinema, e a sua constante presença na programação das televisões e nas prateleiras dos videoclubes ajuda a reforçar o seu estatuto de obra-prima da animação.
A acção do filme decorre numa verdejante e simples floresta, onde inúmeros animais vivem em harmonia. Numa certa manhã, esse mágico e puro lugar enchesse de alegria e entusiasmo, porque Bambi, o Príncipe da Floresta, acabou de nascer. Durante os seus primeiros meses de vida, Bambi aprende, com a sua mãe e com os outros animais da floresta, algumas das mais importantes lições de vida, mas todo esse encanto e felicidade desaparece quando a sua mãe é cruelmente abatida pelos caçadores da floresta. Bambi fica agora à guarda do seu pai, que abandona a floresta para passar o Inverno num lugar mais apetecível. Com a Primavera regressa o bom tempo e o Príncipe da Floresta, que reaparece mais crescido e maduro mas, tal como os seus amigos da infância, só descobre a magia do amor neste florescente período. Os cruéis caçadores também regressam na Primavera e trazem à floresta um novo perigo que ameaça devastar a magia deste agradável lugar. Os animais e a natureza acabam por recuperar das trágicas consequências da acção Humana e recomeçam o ciclo da floresta com uma nova geração.


A história de “Bambi” consegue explicar e contextualizar, em poucas imagens e palavras, os mais importantes ciclos da natureza e as ameaças Humanas que os afectam. Os ciclos da vida na floresta são levemente retratados através das experiencias de Bambi, que vai aprendendo a viver na natureza às custas da vida e do conhecimento de outros animais que acompanham a sua evolução. Os rituais de acasalamento, a magia da reprodução, a complexidade da cadeia alimentar e a importância de uma nova geração para o equilíbrio da natureza são alguns dos mais importantes aspectos da vida animal que são abordados com alguma simplicidade, mas com uma forte conotação emocional. Esta história também assumiu um importante papel na consciencialização dos espectadores para os efeitos negativos da Humanidade na Floresta. Os temíveis caçadores desta história representam o Homem que, através de várias acções pouco cuidadosas e altamente irresponsáveis, ameaça o equilíbrio natural da fauna e flora. “Bambi” oferece-nos portanto uma valiosa lição de respeito e equilíbrio que continua actual.
O clássico visual de “Bambi” é verdadeiramente espectacular e, tal como sucedeu com as obras anteriores da Disney, surpreendeu o mundo cinematográfico pela sua incrível beldade e encanto. Ainda hoje olho para os cenários de “Bambi” com grande admiração, porque ainda consigo sentir a paixão que motivou Walt Disney e David Hand a criar esta obra praticamente perfeita. O som de “Bambi” também é verdadeiramente belo e significativo, porque acompanha com grande intensidade os diferentes acontecimentos, tristes e alegres, do filme. É impossível ficar indiferente a “Bambi”, uma obra intemporal da Disney que ainda continua a conquistar fãs em todo o mundo e que promete perdurar na história do cinema.

Classificação - 5 Estrelas Em 5

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3 Comentários

  1. Um clássico é sempre um clássico e Bambi é um grande clássico mas nãó é brilhante em certas alturas até é aborrecido

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