Realizado por António-Pedro Vasconcelos
Com Soraia Chaves, Marco D'Almeida, Pedro Laginha, Virgílio Castelo, Nuno Markl
Após um desastroso e pornográfico “Call Girl”, António-Pedro Vasconcelos regressa à simplicidade e à qualidade cinematográfica com "A Bela e o Paparazzo", uma comédia romântica que não envereda por caminhos sexistas ou deploráveis, assumindo portanto uma ligeira vantagem qualitativa sobre as inúmeras comédias românticas norte-americanas sem qualquer decência ou qualidade que nos chegam semanalmente às salas de cinema, no entanto, "A Bela e o Paparazzo" está longe da perfeição porque também nos apresenta um argumento tematicamente estereotipado. Mariana (Soraia Chaves) é uma famosa actriz de televisão que esta a atravessar uma fase particularmente complicada porque a novela onde participa está a perder audiências rapidamente, as filmagens não correm como o esperado e a sua vida privada parece saída de um romance irrealista, no entanto, apesar destes problemas e por culpa dos paparazzi que a perseguem dia e noite, continua sob os holofotes da imprensa cor-de-rosa e a aparecer continuamente nas capas das revistas do coração. João (Marco D'Almeida) é um paparazzo que vive escondido atrás de uma câmara e que faz do quotidiano das estrelas o seu ganha-pão. Até que o inesperado acontece, Mariana e João conhecem-se e apaixonam-se. A partir daí, ele vai provar do seu próprio veneno, pois é o romance de ambos a ser tema de capa de todas as publicações. Agora, o grande problema de João será fazer com que Mariana não descubra a sua verdadeira identidade e, como isso não fosse suficiente, resolver as constantes complicações dos seus dois extravagantes amigos.
O objectivo do argumento é explorar os valores morais que comandam a imprensa sensacionalista portuguesa e os efeitos que as suas notícias provocam no quotidiano das celebridades visadas pelos seus caluniosos e exagerados trabalhos jornalísticos, essa exploração é efectuada através de um romance entre os opostos desta questão, ou seja, uma celebridade e um paparazzi. O romance entre os protagonistas não é criativo ou imaginativo porque obedece aos típicos estereótipos narrativos do género romântico, assim sendo, somos confrontados com segredos pessoais e dissimulações sentimentais que acabam por ser ultrapassadas pelos protagonistas que se rendem ao romance. A exploração satírica da irónica situação também não é fenomenal, no entanto, é substancialmente competente. A história de "A Bela e o Paparazzo" não é intelectualmente estimulante mas consegue entreter satisfatoriamente os espectadores que apreciem produções românticas que são simples mas que também são ligeiramente divertidas. A direcção de António-Pedro Vasconcelos é bastante inocente porque em nenhum momento utiliza uma sexualidade exagerada para apimentar a narrativa e cativar os espectadores mais superficialistas, uma atitude bastante louvável que deveria servir de inspiração à esmagadora maioria dos cineastas portugueses. O cineasta não nos apresenta um trabalho cinematográfico excepcional mas consegue oferecer alguns pormenores interessantes ao público, pormenores esses que primam pela sua simplicidade. A performance dos protagonistas, Soraia Chaves e Marco D'Almeida, também não é perfeita mas é suficiente para uma produção deste género que não exige muito dos seus actores. O elenco secundário apresenta algumas performances interessantes.
A simplicidade de "A Bela e o Paparazzo" é louvável, no entanto, essa característica não é suficientemente importante para lhe conferir o estatuto de comédia romântica de qualidade porque esta longa-metragem apresenta múltiplas insuficiências nas suas principais vertentes, insuficiências essas que são maioritariamente exteriorizadas através do seu argumento que é pouco imaginativo e pouco empolgante.
Com Soraia Chaves, Marco D'Almeida, Pedro Laginha, Virgílio Castelo, Nuno Markl
Após um desastroso e pornográfico “Call Girl”, António-Pedro Vasconcelos regressa à simplicidade e à qualidade cinematográfica com "A Bela e o Paparazzo", uma comédia romântica que não envereda por caminhos sexistas ou deploráveis, assumindo portanto uma ligeira vantagem qualitativa sobre as inúmeras comédias românticas norte-americanas sem qualquer decência ou qualidade que nos chegam semanalmente às salas de cinema, no entanto, "A Bela e o Paparazzo" está longe da perfeição porque também nos apresenta um argumento tematicamente estereotipado. Mariana (Soraia Chaves) é uma famosa actriz de televisão que esta a atravessar uma fase particularmente complicada porque a novela onde participa está a perder audiências rapidamente, as filmagens não correm como o esperado e a sua vida privada parece saída de um romance irrealista, no entanto, apesar destes problemas e por culpa dos paparazzi que a perseguem dia e noite, continua sob os holofotes da imprensa cor-de-rosa e a aparecer continuamente nas capas das revistas do coração. João (Marco D'Almeida) é um paparazzo que vive escondido atrás de uma câmara e que faz do quotidiano das estrelas o seu ganha-pão. Até que o inesperado acontece, Mariana e João conhecem-se e apaixonam-se. A partir daí, ele vai provar do seu próprio veneno, pois é o romance de ambos a ser tema de capa de todas as publicações. Agora, o grande problema de João será fazer com que Mariana não descubra a sua verdadeira identidade e, como isso não fosse suficiente, resolver as constantes complicações dos seus dois extravagantes amigos.
O objectivo do argumento é explorar os valores morais que comandam a imprensa sensacionalista portuguesa e os efeitos que as suas notícias provocam no quotidiano das celebridades visadas pelos seus caluniosos e exagerados trabalhos jornalísticos, essa exploração é efectuada através de um romance entre os opostos desta questão, ou seja, uma celebridade e um paparazzi. O romance entre os protagonistas não é criativo ou imaginativo porque obedece aos típicos estereótipos narrativos do género romântico, assim sendo, somos confrontados com segredos pessoais e dissimulações sentimentais que acabam por ser ultrapassadas pelos protagonistas que se rendem ao romance. A exploração satírica da irónica situação também não é fenomenal, no entanto, é substancialmente competente. A história de "A Bela e o Paparazzo" não é intelectualmente estimulante mas consegue entreter satisfatoriamente os espectadores que apreciem produções românticas que são simples mas que também são ligeiramente divertidas. A direcção de António-Pedro Vasconcelos é bastante inocente porque em nenhum momento utiliza uma sexualidade exagerada para apimentar a narrativa e cativar os espectadores mais superficialistas, uma atitude bastante louvável que deveria servir de inspiração à esmagadora maioria dos cineastas portugueses. O cineasta não nos apresenta um trabalho cinematográfico excepcional mas consegue oferecer alguns pormenores interessantes ao público, pormenores esses que primam pela sua simplicidade. A performance dos protagonistas, Soraia Chaves e Marco D'Almeida, também não é perfeita mas é suficiente para uma produção deste género que não exige muito dos seus actores. O elenco secundário apresenta algumas performances interessantes.
A simplicidade de "A Bela e o Paparazzo" é louvável, no entanto, essa característica não é suficientemente importante para lhe conferir o estatuto de comédia romântica de qualidade porque esta longa-metragem apresenta múltiplas insuficiências nas suas principais vertentes, insuficiências essas que são maioritariamente exteriorizadas através do seu argumento que é pouco imaginativo e pouco empolgante.
Classificação – 2,5 Estrelas Em 5
8 Comentários
Eu gostei.
ResponderEliminarEu tb... mt...
ResponderEliminarEu diverti-me, bastante. Muitos dos que estavam à minha volta também.(eu ouvi-os)
ResponderEliminarDo que se espera de um filme de entretenimento esta excelente… na sala onde o vi todos saíram satisfeitos com o filme e a comentar pela positiva por ser um filme português… acho que um caminho que se deve seguir para um bom desempenho do cinema português… Cinco Estrelas.
ResponderEliminarpois fiquei desiludido, com o que pensava serem bons actores, e surpreso, pelo grande humorista, e pq não dizer actor Nuno Markl
ResponderEliminarDepois de assistir o filme fiquei surpreendida positivamente. O Filme apresenta a história que todos esperávamos de amor entre Mariana e João mas trás vários pormenores que fazem toda a diferença. A história paralela de Nuno Markl é brilhante. E este confere ao filme um tom, para os mais atentos, critico e irónico. A referencia ao "pátio das cantigas", as camisolas cão azul, os termos políticos e a "história dos pinguins" são pequenas peças num filme do tom comercial essenciais. É importante cativar com a história e acrescentar estes pormenores que suscitam a curiosidade sobre os mesmos.
ResponderEliminarUm filme que espero ser a marca de um ponto de viragem no cinema português.
Dos melhores filmes portugueses... Parabens
ResponderEliminar6/10
Manel
Gostei muito! Filme que me cativou muito :p
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