Crítica - Cloudy With a Chance of Meatballs (2009)

Realizado por Phil Lord, Chris Miller
Com Bill Hader, Anna Faris, James Caan, Mr. T

Após os pequenos sucessos comerciais de “Open Season” (2006) e “Surf's Up” (2007), os enormes lucros comerciais chegaram finalmente à Sony Pictures Animation através de “Cloudy With a Chance of Meatballs”, uma divertida animação baseada no homónimo produto literário da autoria de Judi e Ron Barrett. “Cloudy With a Chance of Meatballs” é protagonizado por Flint Lockwood (Bill Hader), um excêntrico cientista que reside em Swallow Falls, uma minúscula localidade que sobrevive graças à sua tradição de confecção de sardinhas enlatadas. As invenções deste cientista são criativas mas sofrem de uma incrível e perigosa escassez de funcionalidade e segurança, no entanto, tudo muda quando descobre a fórmula química que transforma água em alimentos, encontrando a muito almejada solução para a dieta pouco variada de toda a localidade, assim sendo, para gáudio da população, começa a chover comida de todos os tipos e feitios mas o que Flint não imaginava era que a cobiça do presidente da câmara fosse de tal modo desenfreada que pusesse em risco não apenas a pequena cidade mas todo o planeta e agora, com a ajuda de Sam Sparks (Anna Faris) e de Baby Brent (Andy Samberg), ele terá de encontrar a solução para acabar com o grave problema de sobredosagem alimentar.


A história desta longa-metragem é bastante simplista e divertida, características fundamentais para uma animação que se destina principalmente às crianças, no entanto, também os adultos poderão apreciar os divertidos momentos humorísticos que são oferecidos por esta simpática narrativa que também nos apresenta algumas mensagens moralistas sobre a importância do individualismo intelectual e sobre os perigos do consumismo exagerado e da alimentação desequilibrada. Os diálogos e monólogos são perfeitamente perceptíveis e as pequenas histórias secundárias não atrapalham o desenvolvimento da história principal, muito pelo contrário, fornecem ao argumento vertentes de alguma importância, como por exemplo, uma história romântica muito inocente e algumas demonstrações carinhosas da importância de uma paternidade responsável. Os momentos humorísticos de “Cloudy With a Chance of Meatballs” são inteligentes e constantes, assumindo portanto uma significante preponderância no desenvolvimento da história, no entanto, também existe algum espaço para as sequencias mais dramáticas e românticas que são escassas mas que são muito bem introduzidas e desenvolvidas.


A direcção de Phill Lord e Chris Miller é bastante razoável. A animação não é tecnologicamente estonteante mas é visualmente competente. Os cenários são bastante vividos e coloridos e os designs gráficos das personagens são excêntricos e divertidos, assim sendo, conquistam facilmente a empatia dos espectadores. O elenco vocal é maioritariamente competente, Bill Hader assume o protagonismo com qualidade e Mr. T oferece um pequeno mas importante contributo mediático ao interpretar na perfeição um polícia autoritário. A banda sonora é extremamente subtil e não nos apresenta sonoridades de elevada qualidade, excepção feita para "Any Way You Want It" dos Journey que é praticamente a única música conhecida do filme.


A simplicidade desta simpática e competente produção é admirável. “Cloudy With a Chance of Meatballs” é uma divertida longa-metragem que nos apresenta um argumento cativante que certamente entreterá diversos espectadores de várias idades graças às suas excêntricas personagens e às suas sequências humorísticos de relativa qualidade e criatividade.

Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

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