Crítica - The Answer Man (2009)

Realizado por John Hindman
Com Jeff Daniels, Lauren Graham, Lou Taylor Pucci

A implausibilidade é a principal característica deste “The Answer Man”, uma medíocre produção cinematográfica que nos apresenta um argumento incoerente que é composto por uma vertente humorística praticamente inexistente e por uma vertente romântica que facilmente nos arrenega com a sua previsibilidade e a sua insipidez excessiva, assim sendo, estamos perante uma comédia romântica que não é romântica nem cómica. A sua história é protagonizada por Arlen Faber (Jeff Daniels), um famoso autor que há vinte anos atrás escreveu um livro sobre as mais pertinentes questões existenciais, livro esse que rapidamente se tornou numa verdadeira inspiração emocional para inúmeros indivíduos, no entanto, apesar de ser considerado uma autoridade internacional em análise comportamental, este celebre autor é um homem colérico e com grandes dificuldades em se conseguir controlar. Os seus problemas emocionais conduziram à sua reclusão social que só é interrompida quando um grave problema ortopédico o obriga a recorrer aos serviços especializados de Elizabeth (Lauren Graham), uma fisioterapeuta por quem se apaixona quase de imediato. A meio do seu caminho existencial ainda conhece Kris (Lou Taylor Pucci), um dono de uma livraria falida que acabou de sair de uma clínica de reabilitação para alcoólicos e que lhe fará uma proposta muito pouco convencional.


O filme começa por fazer uma interessante crítica aos conhecidos trabalhos literários que exploram com alguma superficialidade os comportamentos espirituais e sociológicos do indivíduo e da comunidade, no entanto, esta exploração critica poderia ter sido alvo de uma maior atenção mas, ainda assim, acaba por ser a única coisa que se aproveita nesta narrativa que tem como principal enfoque a evolução emocional do seu protagonista, ou seja, acompanhamos o percurso que essa personagem faz em direcção a uma existência mais equilibrada e mais controlada, um percurso fortemente estereotipado que é essencialmente pautado por um romance sem grande interesse. A introdução de “Answer Man” é prometedora mas à medida que vamos entrando no seu desenvolvimento vamos sendo confrontados com uma história sem grande imaginação e sem grande coerência que não representa uma novidade cinematográfica porque já a vimos ser explorada em produções genericamente semelhantes. Os diálogos são igualmente estereotipados e enfadonhos, assim sendo, também não acrescentam grande coisa a este filme. O seu elenco tem em Jeff Daniels o seu único elemento que consegue oferecer uma razoável performance ao espectador porque os restantes profissionais que o compõem estão muito abaixo de um nível aceitável.


O estreante John Hindman não nos conseguiu surpreender com este seu trabalho que deixa muito a desejar a todos os níveis. A sua nomeação ao Grande Prémio do Júri do Festival de Sundance 2009 é completamente injustificada e incompreensível porque esta medíocre produção independente não é mais do que uma simpática mas implausível comédia romântica que muito dificilmente conseguirá ficar na memória dos espectadores.

Classificação – 2 Estrelas Em 5

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