Crítica - Letters to Juliet (2010)

Realizado por Gary Winick
Com Amanda Seyfried, Vanessa Redgrave, Christopher Egan

Após os sofríveis “Bride Wars” (2008) e “13 Going On 30” (2004), Gary Winick consegue nos finalmente apresentar uma comédia romântica minimamente aceitável que evoca constantemente a essência romântica do icónico “Romeo And Juliet”, um dos mais conceituados e mais conhecidos trabalhos literários de William Shakespear. “Letters to Juliet” é protagonizado por Sophie Hall (Amanda Seyfried), uma adolescente norte-americana que viaja com o seu namorado, Victor (Gael García Bernal), até Verona (Itália), uma localidade que é mundialmente conhecida por ser a cidade onde viviam Romeu e Julieta, um dos casais mais conhecidos da literatura ocidental. Após visitar a icónica Casa de Julieta, Sophie acaba por se juntar a um grupo de voluntários que respondem a cartas endereçadas à famosa personagem, dando conselhos amorosos aos seus remetentes mas quando responde a uma carta datada de 1957, ela acaba por inspirar a sua autora, Claire Smith (Vanessa Redgrave), a viajar até Itália com o intuito de encontrar Lorenzo Bartolini (Franco Nero), um homem que marcou irremediavelmente a sua vida amorosa.


A sua história é minimamente interessante mas não é muito inovadora. O seu enredo é constituído por vários elementos narrativos que são relativamente comuns nas comédias românticas norte-americanas mas que até são habilmente utilizados em “Letters to Juliet” para criar uma história romântica relativamente cativante, no entanto, esta competente utilização não altera o facto de estarmos perante uma narrativa extremamente previsível, assim sendo, sabemos desde o inicio que Claire se vai reencontrar com Lorenzo e que Sophie vai conseguir realizar todos os seus sonhos profissionais e românticos mas estes últimos só serão obtidos às custas da sua debilitada relação com Victor e do seu crescente interesse romântico por Charlie (Christopher Egan), uma personagem que vai ganhando importância à medida que nos aproximamos da conclusão. Amanda Seyfried está muito bem como Sophie Hall, uma crente no verdadeiro amor, no entanto, Vanessa Redgrave e Franco Nero acabam por se revelar como os melhores elementos do elenco. Os dois talentosos actores estão absolutamente brilhantes e são extremamente convincentes como casal até porque são um casal extremamente sólido na vida real. As performances de Christopher Egan e Gael García Bernal não são muito boas, no entanto, este último não teve muitas cenas para mostrar o seu verdadeiro valor mas nas poucas que teve conseguiu incutir um pouco de humor a uma história exaustivamente romântica. O melhor elemento do filme acaba mesmo por ser a sua magnífica fotografia que nos mostra o melhor da Toscânia, Itália. “Letters to Juliet” é uma satisfatória comédia romântica que se centra essencialmente no amor, no entanto, não é um amor realista mas sim um amor fictício e idealista que é exagerado ao máximo para criar uma ilusão de perfeição romântica que certamente irá satisfazer os espectadores mais românticos e emotivos, no entanto, não deverá agradar aos espectadores que prefiram filmes mais realistas e sérios.

Classificação – 2,5 Estrelas Em 5

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3 Comentários

  1. Não consegui ver o filme como romântico, no caso da personagem principal. Seu noivo a avisa desde cedo de que a viagem a Itália será a negócios, mas o egoismo dela com necessidade constante de atenção a fazem distanciar. E na primeira oportunidade em que alguém a supre com a atenção que ela quer, termina o noivado e fica com o que é novidade. Folhetim adolescente.

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  2. LOL, nem da pra perceber as más criticas. Este filme é simplesmente maravilhoso :D

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  3. Seus comentários sobre o filme foram precisos. Acho que ele agradou os que vivem na Loveland, mas não os que têm os pés bem fixos ao chão. Espero que alguém não tente praticar o que o filme ensina, porque esse tipo de amor só funciona do lado de lá do monitor! Foi como uma crítica de cinema disse sobre o filme: "Não quero ser um cínico nem nada, mas talvez uma ficção de 13 anos de idade não seja a melhor fonte de conselhos para o apaixonado" (Amy Biancolli - San Francisco Chronicle). Também concordo que o melhor do filme é a fotografia - e só também!

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