Crítica - The Ward (2010)

Realizado por John Carpenter
Com Amber Heard, Mamie Gummer, Lyndsy Fonseca

Os clássicos “Halloween” (1978), “The Thing” (1982) e “They Live” (1988), de John Carpenter, fizeram e ainda fazem as delícias de milhares de pessoas em todo o mundo, no entanto, este icónico cineasta não nos oferece um eficaz filme de terror desde o fantástico “In the Mouth of Madness” (1994). O seu mais recente trabalho é este “The Ward”, uma obra medíocre que fica a milhas dos maiores sucessos da sua ilustre carreira mas que é muito melhor que os seus último filmes. O seu enredo centra-se em Kristen (Amber Heard), uma mulher bonita mas mentalmente instável, que é encontrada em frente de uma casa em chamas, com hematomas e cortes por todo o corpo. Ela é imediatamente enviada para um hospital psiquiátrico, onde é medicada e isolada numa ala especial. Desorientada, sem memória e sem saber como chegou ao hospital, Kristen sabe apenas que ali não está segura. Juntamente com as outras reclusas (Mamie Gummer, Lyndsy Fonseca, Danielle Panabaker e Laura-Leigh), ela irá lutar para fugir do hospício, e descobrirá uma verdade muito mais perigosa e assustadora do que qualquer um poderia ter imaginado.


A sua história não é aterradora nem é a mais inovadora ou cativante mas oferece-nos, mesmo assim, um entretenimento razoável mas emocionalmente inerte que se assume como o mais indicado para quem não apreciar filmes de terror muito violentos ou assustadores. O nível narrativo de “The Ward” não é muito elevado mas somos, ainda assim, confrontados com uma intrigante introdução que cria um ambiente relativamente tenso que infelizmente se vai esfumando à medida que o filme caminha para a sua conclusão, que até é plausível e imprevisível mas que, em última análise, deixa muito a desejar. O melhor elemento desta obra é mesmo o seu jovem e promissor elenco feminino que é liderado por Amber Heard, uma actriz mediática e moderadamente interessante que nos convence como a rebelde e inflexível Kristen. O elenco secundário tem em Mamie Gummer a sua maior estrela, mas os trabalhos de Lyndsy Fonseca e Danielle Panabaker também merecem ser destacados. É óbvio que John Carpenter tem vindo a tentar voltar à mó de cima mas, tal como aconteceu com “Ghosts of Mars” (2001) e “Vampires” (1998), “The Ward” foi um fracasso e não lhe conseguiu devolver os louvores de outrora.


Classificação – 2,5 Estrelas Em 5

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