Realizado por Peter Weir
Com Robin Williams, Ethan Hawke, Josh Charles
Este filme nada tem de extraordinário para além da enorme pertinência do seu argumento. O apelo ao não conformismo que o professor de Literatura Inglesa John Keating faz aos seus alunos atingiu fundo a alma de toda uma geração. A máxima latina Carpe Diem passou para a boca de todos os jovens e os versos de Walt Witman “Oh Capitain, my capitain” tornaram-se um grito de guerra e de união.
Num colégio rigoroso, os jovens estudantes internos são impelidos pelo seu professor de literatura a assumir uma postura irreverente perante as imposições sociais, a escola e os seus próprios pais. Essa afirmação do eu vai marcá-los de forma profunda para toda a vida. Quando a individualidade de um dos alunos choca frontalmente com a mentalidade dos seus pais, todo o Clube dos Poetas Mortos é perseguido a fim de determinar a responsabilidade do professor Keating (Robin Williams). Aí se revelam os caracteres de cada jovem, anunciando já em que tipo de adultos se tornarão num leque de personalidades que nos são, ao fim e ao cabo, familiares.
A meu ver, como já afirmei, o filme vale pelo impacto que este argumento teve na famosa geração-X, que tinha andado até aí em busca de uma causa e de uma atitude. A interpretação dos jovens actores bem como a de Robin Williams dá consistência às personagens mas não sobressai, tal como nenhum outro aspecto da obra, que poderia ter ficado esquecida no tempo não fora essa força que contém. A Academia reconheceu o seu valor galardoando-o com a estatueta de Melhor Argumento Original.
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