Crítica - Imaculada (2024)

Realizado por Michael Mohan

Com Sydney Sweeney, Simona Tabasco, Álvaro Morte


Sydney Sweeney é um dos nomes do momento em Hollywood. Não é propriamente uma novata (tem aparecido regularmente em filmes de Hollywood desde 2010), mas a sua performance no surpreendente êxito "Anyone but You" catapultou-a para a fama e para um maior mediatismo, apesar de Sweeney ter chamado a atenção bem antes, nomeadamente em obras como o terror "Nocturne". Após ter marcado presença em 2024 no mediano "Madame Web", Sweeney destaca-se agora numa forma mais positiva no filme de terror "Imaculada" | "Immaculate" que nos permite relembrar do seu brilho em "Nocturne".  Nesta obra interpreta Cecília, uma mulher de fé devota que é calorosamente recebida num convento ilustre. No entanto, torna-se evidente para Cecília que o seu novo lar esconde segredos sombrios e aterrorizantes que a fazem questionar a sua própria fé e o seu lugar no mundo. 

Embora competente, "Imaculada" não é o "filmaço" de terror que a imprensa norte-americana nos pretende vender. É uma curiosa obra de terror psicológico é certo, mas distante do género a que o seu trailer (e o seu início) nos leva a acreditar que corresponde. Talvez isto seja uma boa surpresa e possa existir quem apreciará o seu twist e reta final mais realista, mas o sentimento de engano barato permanecerá na mente. Infelizmente há filmes que nos enganam e acabamos por ficar contentes pela surpresa, mas depois há outros que nos iludem e acabam por não transformar o engodo num desenlace verdadeiramente positivo. "Imaculada" é um desses casos. 

Mas apesar de tudo, no global, "Imaculada" não é de todo um filme a evitar. Pese embora a aposta recorrente em certos estereótipos e na já mencionada ilusão sobrenatural, esta obra de Michael Mohan acaba por ter bons momentos de suspense e, apesar de tudo, o grande twist final (embora previsível a dada altura) não é de todo desprovido de sentido. É certo que ficam algumas pontas soltas e algumas dúvidas de contexto no ar, mas há algum valor no resultado final. E este acaba mesmo por ser potenciado pela performance de Sweeney que, com o seu ar angelical, acaba por se enquadrar na perfeição na personagem e acaba mesmo por mostrar que é mais do que a nova cara bonita de Hollywood. O que precisa agora é de um papel verdadeiramente desafiante que a possa lançar para outros voos. 


Classificação - 3 Estrelas em 5

Enviar um comentário

0 Comentários

//]]>