Crítica - New Year's Eve (2011)

Realizado por Garry Marshall
Com Sarah Jessica Parker, Jessica Biel, Zac Efron

O tenebroso “Valentine’s Day” foi, sem dúvida, um dos filmes norte-americanos mais fracos e desinteressantes de 2010, mas a verdade é que conseguiu arrecadar mais de duzentos milhões de dólares nas bilheteiras mundiais. A New Line Cinema e a Warner Bros. ficaram maravilhadas com este seu sucesso comercial e decidiram contratar Garry Marshall para realizar mais uma comédia semelhante, mas com outro icónico dia festivo no centro da sua narrativa. Tal como “Valentine’s Day”, “New Year’s Eve” é uma sofrível comédia romântica cheia de estrelas internacionais no seu elenco, onde somos confrontados com uma desenxabida história sobre os dramas e as aventuras de vários indivíduos na Noite de Ano Novo.


O seu medíocre enredo denota uma clara ausência de elementos inovadores e criativos que contribui indiscutivelmente para a nítida falta de interesse desta obra oca e leviana, mas a sua maior falha reside na incrível falta de contextualização e de desenvolvimento das suas histórias individuais, que entram e saem de cena sem conseguirem chamar a nossa atenção ou cativar os nossos corações. O excesso de clichés narrativos, a fraca construção dos inúmeros intervenientes, a ausência de uma vertente cómica minimamente relevante e a certeza inicial sobre a existência de um final feliz e/ou romântico, também contribuem para o fraco nível desta enfadonha comédia romântica que em nenhum momento justifica a sua existência.


O seu realizador, Garry Marshall, não convenceu a crítica com “Valentine’s Day”, e voltou a cometer os mesmos erros infantis com esta obra que se arrasta por mais de duas horas e que, no meu entender, é ainda pior que esse sofrível filme de 2010. À semelhança de “Valentine’s Day”, o elenco deste filme também é constituído por uma série de estrelas internacionais como Robert De Niro, Hilary Swank, Sofía Vergara, Ashton Kutcher, Michelle Pfeiffer, Sara Paxton, Sarah Jessica Parker, Katherine Heigl, Jessica Biel, Zac Efron, Abigail Brelin e Carla Gugino, mas não se deixe ludibriar por esta formação estrelar porque tudo não passa de uma mera ilusão comercial, já que estas celebridades só entram, no máximo, em oito ou nove cenas e nenhum delas tem uma performance satisfatória. Em suma, “New Year’s Eve” é um filme sem interesse que deriva de um enredo sofrível, uma fraca realização e um elenco cheio de estrelas que pouco aparecem no ecrã. É sem dúvida uma obra evitar.

Classificação – 0,5 Estrelas Em 5

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5 Comentários

  1. Tenebroso é o adjectivo correcto para qualificar este New Year's Eve. Podia escrever várias linhas sobre os defeitos deste filme (filme? ou trechos aleatoriamente colados uns atrás dos outros?), mas chamo a atenção para o casting romântico mais mal feito de sempre. Alguém me diga por favor se o casal Katherine Heigl/Bon Jovi faz algum sentido. Ou se o casal Ashton Kutcher/Lea Michele tem algum pingo de química. Mas pior: Sarah Jessica Parker e Josh Duhamel?! PLEASE! É que ninguém acredita!

    V.

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  2. Alguém me pode explicar a razão pela qual ainda ninguém percebeu qual o objectivo deste tipo de narrativas?

    Principal objectivo: fazer dinheiro
    Como?: com a sua panóplia de actores
    Porquê?: Porque o cinema não tem de ser só intelectual, mas sim uma diversão, por esta razão temos de distinguir os filmes que são arte dos filmes que são puro entretenimento e este acerta na perfeição nesta segunda parte. Trata-se de entretenimento o que também faz parte do cinema.

    A certa altura desta crítica é referido que os actores pouco entram no filme, explique-me como é possível um filme deste género de duas horas, como referiu, ter estes actores que não entram quase no filme? Eles entram sim, o que é alterado é a forma de eles serem introduzidos na acção.
    Este tipo de filmes, a par de películas como "Valentine's Day" ou até o "Amor Acontece" são elaborados de uma forma barata o que justifica entrarem tantos actores conhecidos. Chama-se a isto histórias paralelas, e se estiverem atentos aos créditos (tão desvalorizados) perceberão que isso mesmo é admitido pelo realizador ao colocar os actores por histórias, como a "História do Elevador", etc..

    Não estou a referir que este é um filme digno de um óscar, que não o é, mas digo sim que cumpre a sua função básica, a de entreter.

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  3. O problema, Luís, é que entretém mal.

    V.

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  4. Também concordo e acho e este filme bastante fraco. e não por achar que o mesmo sendo só de entertenimento não possa ser bom, nisso realmente concordo com o Luís. Penso apenas que mesmo dentro do género é bastante fraco. Por exemplo como foi falado o Love Actually dentro do mesmo género é bastante superior quer em termos do fluxo da narrativa, da qualidade das pequenas histórias paraleas e principalmente da comédia.

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  5. Discordo completamente com o Anónimo. Acho que este filme é muito bom, tanto que me comoveu de tal forma que só o quero assistir outra e outra vez.

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