Pérolas Indie - Cherrybomb (2009)

Realizado por Lisa Barros D´Sa e Glenn Leyburn
Com Kimberley Nixon, Robert Sheehan, Rupert Grint
Género – Drama

Sinopse – Malachy (Rupert Grint) é um adolescente calmo e trabalhador que se adora divertir com o seu melhor amigo, Luke (Robert Sheehan), um dos rapazes mais populares da região que, ao contrário do seu fiel amigo, não liga nenhuma à escola nem tem uma família estável e dedicada que se preocupa com ele. A forte amizade dos dois é posta à prova quando ambos se apaixonam pela mesma mulher, Michelle (Kimberley Nixon), uma bela e atiradiça adolescente que acabou de chegar à cidade. No início de um caótico fim-de-semana, Michelle desafia os dois jovens a competirem pelo seu amor e atenção, no entanto, esta disputa presumivelmente amigável torna-se rapidamente numa sangrenta e perigosa rivalidade que poderá ter consequências catastróficas para a vida destes três adolescentes.

Crítica – Em 2009, Rupert Grint tirou umas férias da “Harry Potter Saga” e decidiu entrar neste “Cherrybomb”, um cativante filme dramático que aborda de uma forma intensa e refrescante os limites da amizade e as loucuras da adolescência. A sua história desenvolve-se em redor de um conturbado triângulo amoroso entre três inconscientes adolescentes que, devido à sua constante necessidade de aceitação e satisfação, embarcam num arriscado jogo de sedução e destruição que fica marcado por uma série de estranhos eventos que exteriorizam a idiotice da adolescência. Em certas alturas, “Cherrybomb” faz-nos lembrar “Skins”, uma famosa e mundialmente aclamada série da MTV que também aborda temas juvenis muito delicados, que estão muitas vezes relacionados com o descontrolo hormonal e emocional que tão bem caracteriza a adolescência. Este filme de Lisa Barros D´Sa e Glenn Leyburn não é tão impactante ou abrangente como essa série televisiva, mas tem o mesmo ambiente de rebeldia e excesso que se faz notar nas cenas físicas e sexuais entre os intervenientes, mas também no seu envolvimento com álcool e substâncias ilícitas. À margem do triângulo amoroso, as três personagens principais têm que lidar com os seus próprios problemas emocionais e familiares que, de uma forma ou de outra, alimentam o seu interesse em manter o triângulo amoroso e a competição sexual/ romântica que dele advém, no entanto, essa mesma rivalidade ameaça destruir a forte amizade que existe entre os dois intervenientes masculinos devido à intensidade e brutalidade que ela alcança. Os seus temas são complexos e algo controversos, mas “Cherrybomb” não tem nenhuma cena exageradamente gráfica ou violenta, ou seja, tem várias cenas de sexo e de violência física mas nenhuma delas é demasiado forte ou explícita. O seu enredo é muito bom mas o seu elenco também o é. Os três protagonistas - Rupert Grint, Kimberley Nixon e Robert Sheehan – estão muitíssimo bem, nomeadamente os dois actores masculinos que têm uma performance muito áspera e selvagem que se adequa na perfeição ao espírito do filme. Em suma, “Cherrybomb” é um drama teen muito satisfatório com uma história muito interessante e um elenco relativamente talentoso, que infelizmente não teve a sorte de ter uma forte distribuição mundial.

Classificação – 3,5 Estrelas Em 5

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