Realizado por Mira Nair
Com Ewan McGregor, Hilary Swank, Mia Wasikowska, Richard Gere
Género – Drama/ Biografia
Sinopse – Em 1932, Amelia Earhart (Hilary Swank) tornou-se na primeira mulher a completar com êxito um voo transatlântico a solo. Este feito aeronáutico transformou-a numa das maiores celebridade femininas dos Estados Unidos da América, onde passou a ser chamada de "Deusa da Luz" devido à sua enorme ousadia e carisma. A sua grande audácia inspirou milhares de mulheres em todo o mundo a tentarem concretizar os seus sonhos e a viverem ao máximo as suas vidas, entre as suas maiores admiradoras estão a famosa aviadora Elinor Smith (Mia Wasikowska) e a Primeira-Dama Eleanor Roosevelt (Cherry Jones), que após a conhecer ficou fascinada com a aviação e com os céus. O amor de Amelia pelos céus não a impediu de casar com George Putnam (Richard Gere), um magnata do mercado editorial que a ajudou a cumprir os seus sonhos. Ao seu lado também esteve Gene Vidal (Ewan McGregor), um piloto e grande amigo pessoal, que esteve entre as várias pessoas que em 1937 encorajaram-na a embarcar na mais arrojada da suas aventuras - dar a volta ao mundo num voo a solo.
Crítica – Em Janeiro de 2009, “Amelia” estava inserido no grupo restrito de filmes mais aguardados e prometedores do ano, mas este seu elevado nível de popularidade e antecipação caiu a pique quando começou a ser exibido em festivais internacionais e em visionamentos exclusivos de onde saíram críticas muito negativas que, para além de terem afetado severamente a sua distribuição comercial a nível mundial, retiraram-lhe de imediato o seu estatuto de grande promessa cinematográfica. Eu admito que “Amelia” não é um filme fantástico, mas Mira Nair (Realizadora) e Ronald Bass (Guionista) até criaram um bom retrato da curta mas louca vida de Amelia Earhart, uma mulher extraordinária cujas maiores vitórias e derrotas a nível pessoal e profissional são levemente abordadas por este filme, sendo de destacar o retrato da sua vida aeronáutica que é mais interessante e muito menos confuso que o da sua vida familiar, que infelizmente é dominado por uma ridícula vertente romântica que não é muito fidedigna ou objetiva. No fundo, nenhum dos grandes momentos da sua existência é explorado com muita profundidade histórica ou dramática, mas todos eles permitem-nos conhecer um pouco melhor esta valorosa figura feminina e a sua aguerrida mas aprazível personalidade. As mensagens e objetivos do seu argumento são reforçados por uma grande performance de Hilary Swank, que não se exibe ao mesmo nível de “Million Dollar Baby” (2004) ou “Boys Don’t Cry” (1999), mas que consegue encarnar quase na perfeição o estilo aventureiro e masculino da famosa aviadora. O restante elenco não tem um trabalho assim tão bom, nomeadamente Ewan McGregor e Richard Gere que são constantemente ofuscados pelo enorme porte artístico de Hillary Swank. As fracas performances destes dois veteranos e do restante elenco secundário são, a par da débil construção narrativa da parte familiar e romântica da emocionante existência da famosa aviadora, um dos maiores pontos fracos desta cinebiografia que, apesar de ter sido muito mal tratada pela crítica em todo o mundo, merece um pouco de atenção por parte de quem queira saber um pouco mais sobre Amelia Earhart e queira ver um filme bonito e bastante leve. Resta dizer que "Amelia" não chegou a ser exibido nas salas de cinema nacionais.
Classificação – 3 Estrelas em 5
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