Crítica - House at the End of the Street (2012)

Realizado por Mark Tonderai
Com Jennifer Lawrence, Elisabeth Shue, Max Thieriot

Já nos habituamos a ver Jennifer Lawrence em magníficos papéis em grandes filmes como “The Burning Plain” (2008), “Winter’s Bone” (2010), “Like Crazy” (2011), “X-Men: First Class” (2011) ou “The Hunger Games” (2012), por isso é estranho vê-la num filme tão fraco como este entediante “House at the End of the Street”, que desperdiça e desaproveita por completo o seu enorme talento graças a um argumento insípido e previsível que é pobremente executado e desenvolvido por um realizador sem garra ou imaginação. A bela Lawrence dá então vida a Elissa, uma adolescente muito atraente, que se muda para uma nova cidade juntamente com a sua mãe divorciada, Sarah (Elizabeth Shue). À medida que ambas se adaptam à vizinhança, descobrem que a casa que fica ao lado da sua foi habitada por uma rapariga que assassinou os seus pais e poupou apenas vida do seu irmão mais velho (Max Thieriot). Elissa e Sarah descobrem rapidamente que esta trágica história está cheia de pormenores sombrios que nunca foram bem explicados e que parecem implicar o irmão da homicida, que entretanto desenvolveu uma estranha obsessão pela jovem e enigmática Elissa, que também parece estar interessada no misterioso rapaz.


O conceito de “House at the End of the Street” até parecia ser minimamente apelativo, mas quem viu o seu trailer ou quem leu a sua sinopse oficial já consegue ter uma boa ideia do que pode esperar desta obra, cuja história está completamente desprovida de intensidade, inteligência e subtileza. A sua introdução é desleixada e a sua conclusão é calculável, mas o que mais nos importuna é tudo aquilo que está no meio, ou seja, o seu irregular desenvolvimento que está completamente destituído de intensidade e emoção. A sua trama não é portanto muito complente ou intrigante, algo que se deve em grande parte às pobres opções que foram tomadas por uma equipa de responsáveis criativos e técnicos que inclui, forçosamente, o cineasta Mark Tonderai, que tem que ser especialmente responsabilizado por este fracasso porque, apesar de não ter tido um argumento minimamente satisfatório à sua disposição, poderia ter criado um ambiente um pouco mais intenso ou sombrio e poderia também ter editado esta obra com um pouco mais de cuidado, evitando assim a inclusão de certos elementos claramente desnecessários ou artificiais, mas infelizmente não fez nada disto, como provam a completa ausência de imprevisibilidade e sobressaltos ou a irritante presença de vários estereótipos como os clássicos casos da mãe superprotetora ou do patético romance entre vitima e vilão. O elemento menos mau deste sofrivél thriller acaba por ser a bela Jennifer Lawrence, que merecia melhor sorte ou então um caché multimilionário, até porque as receitas deste filme estão obviamente interligadas à sua fama e sucesso. O restante elenco está muito abaixo da média, tal como este "House at the End of the Street", um filme tão mau que até pode vir a ser nomeado ao Razzie de Pior Filme.

  Classificação - 1 Estrelas em 5

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