IndieLisboa 2013 - Dez Anos, Dez Eventos & Programação do Indie Moving Image

O IndieLisboa regressa de 18 a 28 de Abril com uma edição muito especial. Algumas das dez iniciativas que marcam as comemorações dos dez anos do festival já arrancaram. Saiba mais em http://www.indielisboa.com/

  • IndieLisboa Goes Underground - Fevereiro é o mês do IndieLisboa na Baixa-Chiado PT Bluestation, com eventos de segunda a sexta. Para fechar o ciclo, levamos os filmes Taris e Zero em Comportamento até ao Teatro do Bairro, sessão musicada ao vivo por Norberto Lobo. 28 de Fevereiro às 21h30.
  • App IndieLisboa para iPhone e Android - Muito brevemente será possível consultar a programação do 10º festival e marcar todas as sessões a não perder. A app desenvolvida pela Up Digital terá também disponível informação sobre as anteriores edições do IndieLisboa.
  • Indie Moving Image - De 7 a 10 de Março, em vários espaços da cidade, estarão em exposição trabalhos de imagem em movimento: filmes e vídeos de artistas e realizadores, cujas obras anteriores foram mostradas no festival, produzidos para um contexto de instalação.
  • 10 anos, 10 artes - Encomenda do festival composta por 10 obras de 10 artistas. Serão mostradas obras inéditas realizadas nas áreas da música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura, performance, fotografia, bd e arte digital.
  • Indie à Solta na Cidade - Sessões de alguns dos filmes mais marcantes de edições passadas do IndieLisboa em eventos singulares e irrepetíveis, em várias salas da capital. A programação arrancou com a exibição de “Valtari Film Experiment”, dos Sigur Rós, no Teatro do Bairro
  • T-shirt Comemorativa dos 10 anos - O IndieLisboa lançou um concurso para eleger o design da t-shirt comemorativa. Foi eleita a proposta do Colectivo 4.16, intitulada «10 anos contam-se pelos dedos». Brevemente à venda na loja do festival.
  • Lisbon Lovers - A Lisbon Lovers apaixonou-se pelo IndieLisboa e desse amor nasceu uma colecção de pins, um por cada edição do festival. À venda na Lisbon Lovers e na loja do festival.
  • Edição Especial de Pacotes de Açúcar - O IndieLisboa lança, em parceria com a Buondi, uma edição especial de pacotes de açúcar da marca, com as imagens dos festivais dos anos anteriores. Procure-os num café perto de si.
  • Pack Especial – 10 curtas-metragens portuguesas - Edição limitada do Pack Especial que inclui a oferta dos dois volumes do DVD 10 Curtas Metragens Portuguesas na compra de uma caderneta voucher de 20 bilhetes.
  • Correspondências Entre Cineastas - A carta permite a quem a escreve uma grande liberdade e independência na sua expressão. O IndieLisboa convida vinte cineastas a escrever uma carta - real ou imaginária - a um cineasta à sua escolha. O livro terá uma edição limitada e estará disponível em data a anunciar.

IndieMovingImage

A exposição IndieMovingImage celebra o décimo aniversário do IndieLisboa com apresentações de diversos artistas que participaram em edições anteriores do festival através da exposição de trabalhos de imagem em movimento: filmes e vídeos de artistas e realizadores produzidos para um contexto de instalação. Cada espaço convidado apresenta o trabalho de um artista, mostra que estará patente de 7 a 10 de Março. Leituras do Real pretende reflectir sobre a imagem em movimento como ferramenta para pensar a situação contemporânea em Portugal e no mundo. Aqui fica, de forma detalhada, o programa desta iniciativa.


Galeria Miguel Nabinho | "A Broken Rule", de Vincent Meessen (2007) - Bélgica
Seis homens africanos caminham durante a noite, carregando um letreiro iluminado. As letras vermelhas brilhantes são difíceis de ler. O que estão estes homens a anunciar? "C'est beau une règle qui souffre". ("É bom quando uma regra é quebrada."). O belga Vincent Meessen resiste às imagens mediáticas dominantes do africano pobre, doente, assolado pela violência. Não vemos vítimas mas enigmas que nos incitam a questionar visões estáveis do mundo e, ao mesmo tempo, convidam a olhar para a imagem, oferenda encantatória e poética que nos é oferecida.

Carpe Diem Arte e Pesquisa | "Coupé / Decalé", de Camille Henrot (2010) - França
A rodagem do filme levou a artista à ilha de Pentecostes no arquipélago de Vanuatu para testemunhar em primeira mão um ritual que se presume ser um rito de passagem para a idade adulta, mas que é organizado para os turistas. A encenação do ritual revela dinâmicas miméticas inerentes a qualquer cultura; a manipulação do filme pela artista tenta, por sua vez, sublinhar a modificação da tradição e sua reconstrução contemporânea. Coupé / Décalé reflecte sobre este tipo de movimentos culturais, onde o que é copiado não é a própria forma cultural, mas a concepção externa dela mesma - neste caso, a cultura ocidental imita uma tradição oriental que foi modificada para corresponder com a percepção ocidental de si mesma.

Galeria Zé dos Bois | "Encounters with Landscape (3X)", de Salomé Lamas (2012) - Portugal
Três quadros estranhos e insólitos protagonizados pela realizadora que literalmente testa os seus limites nestes encontros com a paisagem de São Miguel, nos Açores. A força que emana da paisagem filmada é tão sedutora quanto a forma arriscada do encontro entre imagem e som. Filme-limite para uma artista portuguesa inventiva. (Miguel Valverde)

Museu da Eletricidade - Fundação EDP | "F for Fake", de Filipa César (2005) -  Portugal/Alemanha
Em F for Fake, Filipa César adapta o filme homónimo de Orson Welles, sobre o falsificador de arte Elmyr de Hory e o não menos controverso escritor Clifford Irving, autor de uma falsa biografia de Howard Hughes e de uma biografia genuína de Elmyr. Tal como o filme de Welles, a adaptação de César lida com ideias como autenticidade, cópia, falsificação, transgressão, intencionalidade e criatividade. F for Fake recontextualiza o mundo da arte como um micro-cosmos de um contexto social mais abrangente com poder para influenciar e controlar o indivíduo.

Museu Nacional de Arte Contemporânea Museu do Chiado | "The Girl Chewing Gum",de John Smith (1976) - Reino Unido
Em The Girl Chewing Gum uma voz autoritária antecipa os eventos que ocorrem na imagem, parecendo dar ordens não só às pessoas, carros e objetos em movimento no interior da imagem mas também aos movimentos de câmara que os captam. O filme chama a atenção para a função de controle da voz off do documentário televisivo: impor, julgar, e para a capacidade de criar uma cena imaginária a partir de um rasto visual. (Michael Maziere)

Módulo - Centro Difusor de Arte | "The Great Rabbit", de Atsushi Wada (2012) - França/Japão
Um coelho é o grande líder, adorado misteriosamente e em silêncio. Uma animação enigmática e mágica feita de desenhos delicados e movimentos suaves. Uma acção em loop que pode ser lida como uma metáfora sobre a complexidade do mundo e as relações de poder. E tu, acreditas no Grande Coelho? (Carlos Ramos)

Galeria 111 | "Victory Over the Sun", de Michael Robinson (2007) -  EUA
O filme examina as zonas abandonadas de três exposições mundiais: Seattle (1962), Nova York (1964) e Montreal (1967). O pai do artista visitou as exposições durante o seu período de funcionamento captando-as quando celebravam futuros de esperança. Quatro décadas depois, Robinson entende o quão competitivas as feiras realmente eram, e como consequência a sua "luta pelo futuro" assume um tom menos luminoso. A música é uma versão para quarteto de cordas da balada November Rain dos Guns N’Roses. O refrão: "Nada dura para sempre, mesmo a chuva fria de Novembro," ecoa as projecções falhadas das três feiras mundiais e o cenário apocalíptico dos seus espaços abandonados.

Carlos Carvalho Contemporary Art | "12 Explosions", de Johann Lurf (2008) - Áustria
Johann Lurf deflagra fogos de artifício em diversos locais durante a noite: imagens alegres sem palavras, um esboço de cinema sem começo nem fim deixado inteiramente à passagem do tempo e dos seus medos, momentos de alegria e de descarga - para o filme acabar um dia numa qualquer feira da ladra e ser descoberto como found footage anónima de uma época explosiva. (Festival Internacional de Roterdão)

Galeria Graça Brandão | "The Coming Race", de Ben Rivers (2006) - Reino Unido
Um filme processado à mão em que milhares de pessoas escalam uma montanha de terreno rochoso. A finalidade da sua escalada não é clara. A peregrinação é vaga, misteriosa e inquietante, cheia de intenções desconhecidas. O título do filme é inspirado num romance da época vitoriana de E.G.E. Bulwer-Lytton, sobre uma espécie humana que vive sob uma montanha.

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